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Vasco Graça Moura ataca direito de greve
Em entrevista ao programa “Terça à Noite”, da Rádio Renascença, o presidente do Centro Cultural de Belém, Vasco Graça Moura, sustentou que “falta uma legislação que permita equilibrar o interesse coletivo com o interesse corporativo”. Defendeu a ideia de que as greves como a dos médicos, dos professores, dos maquinistas da CP ou dos pilotos da TAP “são nocivas e lesivas do interesse nacional”, razão pela qual defende que se devia “modificar” a respetiva lei.
Na rádio, o ex-secretário de Estado e eurodeputado pelo PSD defendeu também a privatização da RTP, que diz ser necessária ao equilíbrio das contas. Para o ex-diretor da RTP-2 (em 1978), “a RTP não presta, pura e simplesmente”.
Já quanto ao caso da licenciatura do ministro Miguel Relvas, diz que o problema é “do processo de Bolonha, que pode levar a situações como esta”. Considera assim que esta é uma licenciatura que “não faz sentido, mas a verdade é que o quadro legal o permite – portanto, o que não faz sentido é o quadro legal”. Isto é, a RTP não presta, mas Relvas presta.
Graça Moura tem-se destacado nos últimos anos por se opor ao Acordo Ortográfico, tendo chegado a proibir o seu uso na instituição para que foi nomeado. Argumenta que o acordo apenas “serve interesses geopolíticos e empresariais brasileiros, em detrimento de interesses inalienáveis dos demais falantes de português no mundo".
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'Isto é, a RTP não presta,
'Isto é, a RTP não presta, mas Relvas presta'? Que raio de conclusão infantil é esta? O homem diz que uma licenciatura assim não faz sentido e diz também o que é a realidade, que uma licenciatura assim é legal. Ergo, o que está mal (para além da imoralidade do acto) é a lei que permite estes casos. Os leitores do esquerda.net sabem ler e interpretar notícias caríssimos, não precisam de um resumo
Devo dizer que esta posição
Devo dizer que esta posição não me espanta. Esta direita faz parte de uma direita fascista que começa a levantar a cabeça e a querer impedir o seu isolamento que está em marcha. Acontece o mesmo no mundo inteiro. Alguns falsos democratas, perante as medidas que querem tomar para salvar o sistema e os seus fundamentos e o início de uma luta que vai ser dura e longa, mostram que querem ir muito longe para o conseguir. o exemplo mais gritante disso é o assassínio dos mineiros da África do Sul por polícias a mando do patrão inglês. Não tenhamos ilusões. Homens como este vão deixar cair a máscara e mostrar as suas verdadeiras intenções e como não recuam perante o homicídio para defender os seus interesses. Muitos outros exemplos poderiam ser dados mas este, pela sua ferocidade, chega para ilustrar esta direita que se ergue para defender os seus interesses e vai chegar a defender o retorno ao fascismo.
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