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Greves dos trabalhadores do Metro e da CP
Os trabalhadores do Metro de Lisboa realizaram nesta quinta feira uma greve entre as 5h e as 10h, pelo que a circulação de composições só se iniciou às 10.30h. A dirigente sindical Anabela Carvalheira declarou à Lusa: “Em cima da mesa estão todas as questões que temos vindo a lutar nos últimos tempos: a defesa da empresa enquanto empresa pública de transportes e a defesa dos nossos direitos contra o roubo nos salários e nos subsídios”.
Os trabalhadores lutam também pelo direito à negociação e à contratação coletiva. De notar, que o presidente da nova administração conjunta do Metro e da Carris tomou posse sem ser dada qualquer informação à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans). Em comunicado, a Fectrans lembra que o ex-presidente do Conselho de Administração da Carris e atual presidente da nova administração conjunta do Metro e da Carris “há um ano atrás afirmava ao 'Jornal de Negócios' que '…a fusão entre a Carris e o Metro é uma coisa sinistra' e que 'o resultado seria uma empresa pior'”. Segundo a federação sindical, o presidente do Metro e da Carris “passa a auferir, de acordo com o mesmo jornal a mesma remuneração do 1º ministro 6.850,24€” por mês.
Greves na CP na próxima semana, sobretudo a 5 de outubro
Segundo a CP, a circulação de comboios será muito afetada durante a próxima semana por greves dos trabalhadores, convocadas por vários sindicatos.
De segunda a quarta (1 a 3 de outubro) apenas deverão realizar-se metade dos comboios dos serviços Alfa Pendular e Intercidades, na quinta feira – dia 4 de outubro – só deverão realizar-se 25% dos comboios destes serviços e na 6ª feira (5 de outubro) não deverá mesmo realizar-se qualquer comboio destes serviços.
Em relação aos comboios urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra, assim como aos regionais e inter-regionais, a empresa prevê "fortes perturbações na circulação, com supressão da maioria dos comboios", de segunda a quinta-feira (1 a 4 de outubro). Já na 6ª feira – 5 de outubro –, ainda segundo a empresa, "não se prevê a realização dos comboios urbanos de Coimbra, regionais e Inter-regionais", pelo menos.
Na Carris, foi entregue um novo pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário, “para o período de 8 de Outubro a 9 de Novembro”.
Na Soflusa, os trabalhadores farão duas horas de greve por turno durante três dias: 10, 11 e 12 de Outubro. Na Transtejo, os trabalhadores farão igualmente duas horas de greve por turno durante três dias, em dias a marcar pelos sindicatos.
Os trabalhadores das empresas públicas de transportes lutam contra os cortes em salários, subsídios e pagamentos das horas extra, defendem o serviço público de transportes, contra os cortes que a política governamental está a impor. Os trabalhadores exigem ainda o direito à negociação e o cumprimento dos acordos de empresa.
Comments
O que todos estes fulanos
O que todos estes fulanos querem e aquilo que verdadeiramente lhe interessa é dinheiro e manutenção de regalias e privilégios.No tempo de crise actual, estes trabalhadores pretendem ser mais que os outros, que usam como escudos graças à situação de monopólio que a CP detém. São trabalhadores que comem no prato onde comem e sem vergonha de o fazer à frente dos outros trabalhadores.
É triste verificar que
É triste verificar que Fernando Costa, no seu comentário, nada mais acrescenta à discussão do que a falta de solidariedade para com os trabalhadores da CP. Infelizmente para muita gente o nivelamento deve ser feito sempre por baixo. Não se trata de defender regalias nem privilégios, mas sim de lutar por condições dignas de trabalho. A remuneração do trabalho não deve ser entendido como uma esmola do patronato, mas antes o pagamento digno pelo esforço dispendido na contribuição para o rendimento da empresa. Sou afectado na minha deslocação diária para o meu trabalho pelas greves da CP e Metro. No entanto, os seus trabalhadores têm toda a minha solidariedade. Pena que não se veja mais exemplos de coragem e determinação por esse País fora.
Pois é Sr. Vilas Boas, quando
Pois é Sr. Vilas Boas, quando se fala de barriga cheia é facil ser solidário. Agora, quem eles prejudicam realmente é quem precisa de trabalhar e não se pode deslocar, porque não tem carro. (Provavelmente tem, não é). Gostaria de saber se tambem pensaria assim se um seu familiar morresse nos corredores de um hospital por greve dos médicos?
Claro que não se importaria, senão era uma falta de solidariedade com os trabalhadores da saude, eles tem direito à greve.
Estamos todos no mesmo barco, meu caro.....
Sr. Pedro Reis, compreendo
Sr. Pedro Reis, compreendo que queira atacar os trabalhadores em luta pelos seus direitos e que para isso tenha de recorrer à mentira mais descarada. Acha que os hospitais não têm médicos em dias de greve? Muitos fazem greve, não recebendo o salário do dia, mas estão lá para salvar vidas. Quando um seu familiar for parar ao hospital em dia de greve, reflicta sobre isso...
Há 24 anos que ando de
Há 24 anos que ando de comboio e sou a favor das greves.
Mas, não concordo com estes senhores, que por acharem ter a faca (do melhor aço) e o queijo (do mais caro) na mão que podem passar toda a vida em greves e a gozar com quem lhes paga o salário e que, ganha muito menos do que eles.
Porquê da greve?
Ganham mal e tem filhos a passar fome?
Não tem dinheiro para pagar os "casebres" onde moram?
Não tem dinheiro para a educação dos filhos?
Eu sei lá uma datas de coisas, que verdadeiramente, muitos portugueses estão a sofrer e eles NÂO.
Não, fazem greve porque lhes vão tirar este direito ou aquele valor extra a que se habituaram serem direitos adquiridos. Fazem greve por a família - descendentes e ascendentes, terem agora que pagar as viagens no comboio?
Há muito que essas benesses é que mandam a CP para a falência.
Venham daí os comboios sem maquinistas e eles que emigrem.
Este país não é para maquinistas.
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