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CGTP: "Governo tenta dividir para reinar"

A central sindical não aceita que o Governo utilize a Concertação Social para legitimar a austeridade. Arménio Carlos diz que as mexidas na TSU pretendem reduzir salários que o PSD e o CDS querem tratar como ricos os trabalhadores que ganham mil euros por mês.
CGTP regressa às ruas em Lisboa a 29 de setembro.

"O que está aqui em marcha é uma tentativa de dividir para reinar. O Governo anuncia agora que está muito preocupado com os trabalhadores que têm o salário mínimo nacional e, eventualmente, até 700 euros. Mas é preciso recordar que estes trabalhadores têm um salário líquido que provavelmente não atingirá os 600 euros», avisou Arménio Carlos, secretário geral da CGTP, à agência Lusa.

«É evidente que não faz qualquer sentido uma redução dos salários destes trabalhadores, como também não faz sentido uma redução dos salários dos restantes trabalhadores», frisou, destacando que um trabalhador com um salário médio de 800 euros, 900 euros, 1.000, 1.500 ou mesmo 2.000 euros «não é um trabalhador que está acima daquilo que é a sua prestação do trabalho».

«Nos não queremos que aqueles que hoje têm salários de 1.000 ou de 1.500 euros recuem no seu poder de compra para junto dos outros que têm 700 ou 800 euros», prosseguiu Arménio Carlos, defendendo um aumento salarial para quem ganha hoje entre os 400 e os 800 euros.

A central sindical acredita que «está em marcha uma tentativa de colocar o Conselho de Concertação Social a legitimar as medidas [nomeadamente a Taxa Social Única], e em geral a política do Governo do PSD/CDS e do ‘memorando’ da ‘troika’ que visa a redução dos salários e ataca os rendimentos do trabalho».

A CGTP não foi convocada para qualquer reunião nem por Passos Coelho, que hoje reuniu com os restantes parceiros sociais nem por Cavaco Silva, apesar de ter pedido uma reunião ainda na semana passada.

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