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Professores em vigília apelam a greve nas escolas
O protesto juntou centenas de professores ao início da noite de segunda-feira em Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Faro, Évora e Santarém e foi convocado pela Platafdorma que reúne alguns coletivos que no último ano têm participado na contestação aos cortes e despedimentos promovidos pel Governo e o ministro Nuno Crato.
No plenário realizado em frente à Assembleia da República, os participantes decidiram levar o protesto à porta de Cavaco Silva, integrando-se na concentração promovida pelo grupo que convocou a manifestação de 15 de setembro, marcada para sexta-feira às 18h, hora a que o Presidente reúne o Conselho de Estado.
A moção aprovada nos plenários faz um apelo aos sindicatos para que ouça as suas propostas e convoque uma greve dos vários graus de ensino ao longo de uma semana, culminando uma greve geral da Função Pública.
"Nuno Crato tem vergonha de assumir o que foram as políticas do governo da troika que determinaram o maior despedimento de professores de sempre em Portugal", diz a moção, que acusa o ministro de "diminuir a qualidade do ensino, prejudicando alunos e pais". "Tudo para poder despedir milhares de professores e poupar na despesa, obedecendo às Finanças e à Troika", acrescenta.
Entre as políticas mais criticadas, estão o aumento do número de alunos por turma e do tempo letivo dos professores, a constituição de mega-agrupamentos e o fim dos desdobramentos de turmas nas disciplinas práticas e experimentais, do par pedagógico, da disciplina de Educação Visual e Tecnológica e da disciplina de Educação Tecnológica. Os professores contestam ainda a eliminação das áreas curriculares não disciplinares de Formação Cívica, Área Projeto e Estudo Acompanhado.
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