You are here

Greve dos mineiros sul-africanos amplia-se

Trabalhadores da mina de ouro da Gold Fields International entraram em greve de surpresa e juntaram-se aos seus colegas da mina de platina de Marikana, que fizeram uma poderosa manifestação.
Mineiros de Marikana demonstraram a sua determinação de manter a greve.

 

Cerca de 15 mil trabalhadores da mina de ouro da empresa Gold Fields International entraram em greve, de surpresa, na noite de domingo, exigindo aumentos de salários. Ao mesmo tempo, a esmagadora maioria dos mineiros da mina de platina de Marikana, em greve desde 10 de agosto, recusou-se a voltar ao trabalho.

A administração da empresa Lonmin, dona da mina de platina, a terceira maior do mundo, reconheceu que apenas 6% dos 28 mil trabalhadores apanharam os autocarros que a empresa disponibilizou a todos os que quisessem ir trabalhar. Em contrapartida, os mineiros grevistas fizeram uma poderosa manifestação, empunhando paus e lanças artesanais, e passando pela polícia que fingiu não os ver. Os grevistas ameaçaram de morte todos os fura-greves, e garantiram que não voltam ao trabalho enquanto a mina não aceitar a sua reivindicação de praticamente dobrar o salário.

A administração da Lonmin esperava que mais mineiros voltassem ao trabalho, já que firmou um acordo com três sindicatos. Mas o sindicato com maior representação entre os grevistas, o AMCU, rejeitou as propostas patronais, que foram também rejeitadas pelos mineiros não representados por qualquer sindicato.

Numa outra mina de platina, a Implats, cerca de 15 mil trabalhadores exigem também aumento de salário de 10% e ameaçam juntar-se aos grevistas, apesar de, por enquanto, ainda se manterem a trabalhar.  

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Internacional
(...)