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Aveiro: Bloco apela à mobilização de protesto contra "o confisco dos rendimentos das famílias"
Em Aveiro, junto ao edifício da Segurança Social, o deputado do Bloco Pedro Filipe Soares falou aos jornalistas, salientando que “o espaço para a indignação é o protesto” e apelando à mobilização para as manifestações marcadas. “Tem de haver uma força para impor ao Governo uma política alternativa”, disse, após comentar muito criticamente as medidas anunciada pelo Primeiro-ministro na passada sexta-feira.
Além de criticar Passos Coelho por apresentar as medidas “de forma demagógica” porque “nada têm a ver com o Tribunal Constitucional, mas sim com uma escolha para transferir dos patrões para os trabalhadores a responsabilidade do pagamento para a segurança social”, Pedro Filipe Soares censurou as “contradições” do discurso do líder do CDS.
“No distrito por onde foi eleito Paulo Portas, queremos lembrar o que eram as suas palavras e as de Passos Coelho antes das eleições e agora neste confisco que está a ser feito aos portugueses. Paulo Portas dizia ser o defensor do contribuinte e até chamou ao CDS o partido dos contribuintes e agora percebemos que todas as promessas de redução da carga fiscal e de reduzir o que já era o peso abusivo dos impostos em Portugal caíram por terra”, defendeu.
O deputado do Bloco antevê “um cenário extremamente negro para as famílias, que afundará ainda mais a economia e no qual os grandes beneficiários são as grandes empresas e fortunas, a quem não é exigido qualquer sacrifício”.
Pedro Filipe Soares não estranha que as pequenas e médias empresas se revoltem: “O Governo tinha prometido para 2013 a saída da crise e torna 2013 ainda pior do que 2012”.
Para o deputado, há alternativas, como cortar “nas rendas excessivas da energia”, mas “falta coragem ao Governo para as levar por diante”. E lembra: “Hoje, para as empesas, são mais os custos da energia e da mobilidade, com as portagens, do que os custos do trabalho”, concluiu.
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