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Emigrante português no Canadá há 32 anos já não será expulso (atualizada)
José Pereira é um português, empresário, residente permanente no Canadá há 32 anos, casado com uma cidadã canadiana do Quebec (Cérès Bibeau), pai de quatro filhos canadianos e avô de dois netos.
Em agosto de 2009, teve de se deslocar a Portugal devido ao estado de saúde do pai. Notou então que tinha o cartão de residente permanente caducado. No Canadá tentou a renovação, mas foi avisado que precisava de um “título de viagem” (um visto de entrada único para o regresso) a pedir na embaixada canadiana em Paris. De Paris, exigiram-lhe documentos comprovativos da residência no Canadá, o que enviou, mas a embaixada, em janeiro de 2010, recusou-lhe a residência e deu-lhe 60 dias para contestar.
Como já estava no Canadá, com novo cartão de residente em seu poder válido até agosto de 2014, nada fez.
"Eu recebi o [novo] cartão de residente permanente em setembro [de 2009] e a partir desse momento pensei que estava tudo legal. Para mim estava tudo correto. O título de viagem para mim não era importante. Só que para eles [as autoridades] era", diz à Lusa, acrescentando que nos últimos dois anos deslocou-se a Portugal e regressou ao Canadá, sem problemas.
Em abril deste ano, ao tentar obter a nacionalidade canadiana foi-lhe dito que estava "ilegal no Canadá há dois anos, não podia trabalhar e iria ser deportado", apesar de ser empresário e proprietário da empresa “Grandes Eaux”. Em 27 de junho último, recebeu a ordem de expulsão do Canadá até 10 de setembro.
José Pereira declarou à Lusa: "[É] uma grande injustiça, porque este país é baseado na imigração", e acrescentou: "Nós saímos dos nossos países, onde aprendemos a trabalhar. Chegamos aqui, damos o nosso melhor, pagamos as nossas 'taxas' [impostos]. Vamos ao nosso país fazer uma visita aos nossos pais ou à nossa família e estes indivíduos não têm a mínima consideração pelas pessoas que trabalham aqui".
Nesta quarta-feira, depois de ter sido divulgada em Portugal a expulsão iminente do emigrante português, os serviços de imigração canadianos contactaram-no e informaram-no telefonicamente que reconheciam o erro e iam atribuir-lhe o estatuto de residente permanente.
Em declarações à Lusa, José Pereira afirmou: "Estou feliz com esta decisão, pois mantenho a minha residência permanente e não perco nenhum dos benefícios que tinha por estar aqui há 32 anos. Daqui a dois dias terei de novo o meu cartão, que era válido até agosto de 2014".
No entanto, os prejuízos de José Pereira são grandes já que vendeu a empresa e desfez-se de outros bens, devido à política persecutória dos imigrantes, atualmente em vigor no Canadá.
Em 2011, o Canadá expulsou 137 pessoas portuguesas.
Comments
Li o Artigo sobre o imigrante
Li o Artigo sobre o imigrante que o Canada quis expulsar injustamente.
Conheço pessoalmente o José Pereira e dei-me conta da tragédia na qual o País que um dia o acolheu agora, sem mais nem ontem, meteu o português, ele fiel a dois mundos e aos seus principios. O Canadá pretendeu explulsá-lo como se o bom homem que sempre foi se tivesse transformado num bandido.
O Canadá que se diz ser um grande país do Norte da América tem que rever as suas leis pois anda a tratar muito mal os melhores trabalhadores do seu governo, sem emigrantes esse País não sobrevive.
Ora o Zé Maria Pereira foi posto fora do País como um simples criminal, um homem que não respeita as leis. Não é justo. Espero que no Canadá, os casos identicos sejam analisados com olhos de de ver e inteliência para que no futuro não causem mais danos a empresários como o José Pereira, que já deu muito dinheiro a ganhar ao País.
Incrível...
Tenho dito
Marie
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