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A falência da social-democracia capitalista!

É preciso romper com as políticas anti-sociais de austeridade. É necessário afirmar uma nova alternativa Socialista.

A austeridade que nos asfixia e mata à fome é consequência e fruto de governações políticas e ideológicas, cuja falência a crise das dívidas acabou por demonstrar. Após o colapso das ditaduras do eixo soviético e pró-muro de Berlim, e de outras que se tentavam diferenciar daquelas, mas insistiam num modus operandi igualmente ditatorial, eis que colapsam as sociais-democracias, mais ou menos conservadoras e mais ou menos adeptas do capitalismo selvagem.

Com efeito, a desgraça económica e social que se vive na Europa geradora de milhões de pobres, espezinhados pela austeridade, são consequência direta de políticas erradas levadas a cabo pelos partidos conservadores e sociais-democratas europeus – onde se incluem os PS's e os Trabalhistas alinhados com a Internacional Socialista – deslumbrados com o capitalismo, mais ou menos selvagem, invariavelmente propiciador da destruição de serviços públicos, da desregulação laboral e da desvalorização dos salários e demais rendimentos da classe trabalhadora.

Portugal não é exceção: décadas e décadas de governação social-democrata – ora do PSD/CDS, ora do PS (não confundir o PS com Socialismo, que é outra coisa!) - levaram o país e a região ao estado que se conhece e que todos sentimos na pele: menos salário, mais desemprego, encerramento de serviços públicos essenciais e aumento generalizado da pobreza e exclusão social. É preciso romper com estas políticas anti-sociais de austeridade. É necessário afirmar uma nova alternativa Socialista, não alinhada com a social-democracia do PS e radicalmente oposta às experiências ditatoriais de estilo soviético-cubano-albanês (que pouco tinham a ver com o verdadeiro Socialismo enquanto ideologia libertadora e emancipatória da humanidade)!

Um Socialismo emancipatório que preze a Democracia e que valorize o trabalho e os direitos, que enfrente a barbárie do desemprego e da destruição de serviços públicos.

Um Socialismo que rompa com a desgraça imposta pelos memorandos de entendimento e de “assistência financeira” que exploram os povos e enriquecem o FMI e os patrões das troikas criminosas.

Um Socialismo proposto, na Grécia, pelo Syriza e, em Portugal, pelo BE com programas corajosos e alternativos de clara rutura com a austeridade (em http://www.bloco.org/media/resolmesanacional7jul12.pdf pode ler algumas ideias dessas propostas alternativas). Um novo Socialismo que seja a grande Esperança de um novo Alvorecer!

Artigo publicado no “Diário de Notícias da Madeira” a 8 de agosto de 2012

Sobre o/a autor(a)

Técnico Superior de Educação Social. Ativista do Bloco de Esquerda.
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