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"dEficientes indignados" reclamam pela mobilidade
"Escolhemos o direito à mobilidade e acesso porque queremos acabar com o regime de “apartheid” a que estamos sujeitos", explica o movimento criado nas redes sociais e que vai sair à rua no dia 27 para o primeiro protesto público. "Apelamos a todas as pessoas, com ou sem mobilidade condicionada, para irem no dia 27 de Julho a um serviço público que seja inacessível e peçam o livro de reclamações", onde podem escrever a sua reclamação contra as barreiras que impedem tanta gente de entrar, apesar da lei exigir a eliminação dessas barreiras desde há 15 anos.
"Sabemos que os que fazem as leis e os orçamentos, aqueles que têm o poder de determinar as nossas vidas, não fazem a mais pequena ideia do que é viver assim. Não aceitamos que a crise seja uma desculpa para prolongar a discriminação de que somos vítimas há já demasiado tempo. Direitos humanos não são regalias!", afirma este movimento no seu perfil no Facebook.
Entre as principais reivindicações deste movimento está justamente a acessibilidade na via pública, edifícios e transportes públicos, a igualdade de oportunidades no acesso ao emprego e progressão na carreira profissional e o direito a uma vida independente com "assistência pessoal, financiada pelo Estado, que satisfaça as necessidades individuais decorrentes da deficiência", tal como a comparticipação total das ajudas técnicas e produtos de apoio.
"Não somos “vítimas” da deficiência, somos vítimas de discriminação. É a sociedade que nos nega o direito a viver como cidadãos, quando nos recusa direitos básicos como o direito à educação, ao trabalho, à habitação ou à mobilidade", acrescenta o movimento.
Para o protesto de sexta-feira - o "Dia da Reclamação", o movimento sugere ainda dois exemplos de mensagens que podem ser deixadas nos livros de reclamações dos serviços públicos, consoante a pessoa tenha, ou não, problemas de mobilidade.
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parabens porque está muito
parabens porque está muito bem concebido
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