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Espanha: prosseguem os protestos espontâneos dos funcionários públicos
Indignados com os cortes orçamentais anunciados pelo primeiro-ministro, Mariano Rajoy, na quarta-feira – que inclui a retenção do seu subsídio de Natal – os funcionários públicos prosseguiram esta sexta-feira a sua mobilização, com concentrações, cortes de ruas e manifestações, em grande parte espontâneas.
Os trabalhadores manifestaram-se diante das sedes das administrações, e cortaram o tráfego em muitas zonas de Madrid, incluindo ruas importantes como a calle Alcalá, o paseo de la Castellana e a plaza del Cristo Rey. Na Praça do Sol, algumas centenas pediram a demissão da presidente da Comunidade de Madrid.
Os funcionários de La Moncloa concentraram-se diante do palácio que é a sede do governo e vaiaram o gabinete de Mariano Rajoy.
Cerca de 250 funcionários concentraram-se também na frente da sede do Partido Popular (PP), onde gritaram contra “o refúgio do Ali Babá”, contra os banqueiros, e pedindo eleições.
Muitos funcionários foram trabalhar totalmente vestidos de preto, em sinal de luto. Houve protestos igualmente em Valência e em Barcelona, entre outras cidades.
“Nós funcionários somos pessoas como quaisquer outras”, disse aoEl País uma funcionária do Tribunal Superior de Justiça de Madrid. Ela explicou que o corte do subsídio de Natal foi a gota de água que fez transbordar o copo. Uma grande manifestação no dia 19 de julho está a ser convocada pelas centrais sindicais e pela CSIF, a Central Sindical Independente e de Funcionários.
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