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Velório de Sassetti este sábado na Basílica da Estrela

Funeral será domingo, numa cerimónia privada. Músicos amigos farão homenagem durante o velório, a partir das 22 horas. Sucedem-se as reações de pesar.
Um ser humano verdadeiramente extraordinário. Fot de João Belard

O compositor e pianista Bernardo Sassetti será sepultado este domingo, numa cerimónia privada. Este sábado, o corpo vai estar em câmara ardente na igreja da Basílica da Estrela em Lisboa a partir das 22h. Prevê-se que músicos amigos de Sassetti, como os também pianistas Mário Laginha e Pedro Burmester, lhe façam uma homenagem.

A morte prematura do pianista continua a suscitar reações de choque e de pesar, algumas das quais registamos abaixo.

Mário Laginha

"Apetece-me dizer que isto é um absurdo, ele não podia morrer agora. É um músico tão luminoso, tão talentoso, e ainda tinha tanto para fazer. Não há, no contexto do jazz português, alguém que aos quase 42 anos tivesse um percurso musical tão importante – que certamente perdurará para sempre. Foi uma perda estúpida, revoltante, que me deixa doente. Para além de um grande amigo - era uma pessoa muito generosa e humana - é uma perda enorme para todos."

Pedro Burmester

"O Bernardo era de tal modo cheio de vida, de criatividade, de generosidade, de tanta coisa, que é daquelas pessoas que não morrem. Estou zangado com ele. Quando, de manhã, soube da sua morte, essa foi a primeira reação. Raiva, zanga. Ele estava no auge de tudo. Mas vou perdoá-lo, quando a raiva passar."

Sérgio Godinho

Foi "um músico superior", "absolutamente cativante", disse à agência Lusa Sérgio Godinho, recordando "um entusiasmo infantil – infantil no sentido mais nobre da ingenuidade, de pureza", na forma como encarava a música. "Tínhamos uma grande admiração musical e era uma pessoa que, em termos humanos, era absolutamente cativante. É tão triste que uma pessoa com aquela energia de viver morra", disse. Para Sérgio Godinho, Bernardo Sassetti era "um músico superior", que estava "completamente desperto para a vida e para as artes", "que queria fazer muitas outras coisas e crescer sempre".

Marco Martins, realizador de “Alice”

"Era, na minha opinião, o maior compositor de música contemporânea portuguesa e um ser humano verdadeiramente extraordinário com quem se podia partilhar muitas e muitas aventuras, dentro e fora dos projetos que fazíamos juntos, e era de facto um génio impossível".

Guilherme d'Oliveira Martins

"A originalidade do artista tinha a ver com a versatilidade de estilos e de temas, e com a grande qualidade do intérprete e do compositor", disse o presidente do Centro Nacional de Cultura.

Veja também as reações de António Vitorino de Almeida e de Luís Tinoco

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