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Marco de Canaveses: População manifesta-se contra supressão do comboio

A população de Marco de Canaveses ocupou a linha e impediu a circulação de comboios durante duas horas, para lutar contra a intenção da CP de suprimir ligações ferroviárias entre Marco de Canaveses e Caíde de Rei (Lousada). No próximo domingo, a população voltará a concentrar-se, se o governo ou a CP não garantirem a manutenção das ligações.
Centenas de pessoas concentram-se na estação ferroviária do Marco de Canaveses para protestar contra a supressão da ligação a Caíde de Rei, impedindo três comboios de sair da estação, 22 de abril de 2012 – Foto de Armindo Mendes/Lusa

Neste domingo, centenas de pessoas manifestaram-se em Marco de Canaveses, convocadas pela Comissão de Utentes da Linha do Douro em protesto contra a intenção da CP de suprimir 15 ligações, na Linha do Douro, em comboio urbano, do Marco de Canaveses a Caíde de Rei (Lousada). Os manifestantes ocuparam a linha e impediram a circulação de comboios durante duas horas.

O protesto contou com a participação dos presidentes das Câmaras do Marco de Canaveses, Amarante e Baião, mas segundo a agência Lusa nenhum dos três invadiu a linha.

Segundo a Lusa, o protesto ficou marcado por momentos de tensão, quando os militares do Destacamento de Intervenção da GNR fizeram um cordão de segurança ao comboio parado e tentaram desobstruir a Linha do Douro ocupada por manifestantes.

Antes, viveu-se outro momento de tensão, quando um dos comboios imobilizados na linha pelos populares começou a andar, o que provocou protestos veementes dos manifestantes, exigindo a paragem da composição. O comboio foi de imediato parado, o que acalmou os populares.

Segundo a Lusa, o presidente da Câmara do Marco, Manuel Moreira, apelou à população para que deixasse circular os comboios, alegando que “a mensagem aos políticos já tinha passado”, mas referiu à Lusa que compreendeu os momentos tensos que se viveram, porque “o povo do Marco está muito incomodado com a eventual supressão dos comboios”.

No próximo domingo, o protesto repetir-se-á se não houverem garantias, por parte do governo ou da CP, de que a ligação a Caíde de Rei não será suprimida.

“Vamos dar oito dias à CP – Comboios de Portugal e ao Governo para garantirem que não vão avançar com a supressão”, disse à Lusa António José Pereira, porta-voz da comissão de utentes da Linha do Douro, garantindo que “nessa altura, os protestos serão retomados ainda com mais força”.

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