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Espanha: manifs gigantes culminam greve geral bem sucedida

Paralisação nacional teve adesão de 77% dos trabalhadores, sendo 97% na indústria, transportes e construção e 57% da administração pública, segundo as centrais sindicais. Sindicalistas dão prazo até 1º de maio para o governo recuar da reforma laboral; caso contrário, agravarão as formas de luta.
Manifestação na Praça do Sol, em Madrid. Foto de Andrés Oliva, via twitter

Globalmente, os sindicalistas avaliam que 10.400.000 pessoas fizeram a greve geral. As manifestações que encerraram a jornada, realizadas em mais de cem cidades, deram origem a números muito díspares, mas, sejam eles quais forem, não há dúvidas de que mobilizaram muitas centenas de milhares de pessoas.

Mais de cem manifestações

Segundo o governo, saíram à rua 800 mil pessoas em todo o país. Já as centrais sindicais afirmam que só em Madrid manifestaram-se 900 mil pessoas, 800 mil em Barcelona, 250 mil em Valência. O diário El País fez as suas contas e disse que em Madrid se manifestaram 170 mil, 275 mil em Barcelona e 95 mil em Valência.

Em Barcelona houve repressão da polícia sobre a cauda da manifestação. Dos confrontos saíram 116 feridos, entre polícias e manifestantes. No total, foram presas 176 pessoas, 42 das quais em Barcelona.

Centrais ameaçam ampliar protestos

Diante do sucesso da greve, os dirigentes da duas principais centrais sindicais, UGT e Comisiones Obreras, pediram a abertura de negociações para alterar o pacote laboral. Mas advertiram o governo de Mariano Rajoy que tem até ao dia 1º de maio para recuar, ou haverá uma ampliação das formas de luta. Mas o governo não demorou a afirmar, pela boca da ministra do Emprego, que a lei laboral não vai mudar.

A análise do consumo de eletricidade também permitiu avaliar o impacto da greve. Às 5h da manhã, já havia uma queda de consumo de 13,5%, queda que se ampliou para 21% às 7h50; às 14h, o consumo era 14,15% menor e às 18h30, 16,3%.

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