O confronto do nosso tempo é entre quem quer que o futuro seja um regresso ao passado e quem quer que o futuro seja um tempo novo de direitos e liberdades. É esse o confronto que temos com a JSD e a JP, essas locomotivas de produção de políticos profissionais.
Há muito da obscuridade da Opus Dei nestes tempos que enfrentamos. Não apenas muita gente dessa seita nos lugares que governam o país e o mundo, mas sobretudo uma narrativa que se incrusta nas ideias coletivas e individuais.
O governo autoritário que hoje exerce funções em Portugal já deu luzes sobre os seus objetivos: cortar nos apoios generalizados à investigação científica e garantir que apenas tem apoios se não ousar produzir conhecimentos que deslegitimem o poder.
A avaliar pelo frenesim patego e pacóvio que sucessivamente vai anunciando a sentença, tudo levaria a indicar que o Bloco é uma espécie de crónica de uma morte anunciada que se resumiria a um belo romance de Garcia Marquez.
Porque é que a JSD propõe uma revisão constitucional que não sufragou e para a qual não tem maioria no parlamento? Porque sabe se levasse esse projeto a eleições sairiam brutalmente derrotados.
Alguma coisa não bate certo: a PSP identifica cidadãos acusados de atentado à segurança do transporte rodoviário; Miguel Macedo diz que a PSP agiu corretamente e que o caso agora cabe aos tribunais. E o que dizem os tribunais? Arquivaram o processo.
Este ano, 43 % dos estudantes que vão fazer exames não tenciona candidatar-se ao Ensino Superior. Caminhamos, assim, em contraciclo com todos os esforços que a sociedade portuguesa fez para a qualificação da sua população.