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Ataques de Israel a Gaza já mataram 18 pessoas em três dias
A resposta aos bombardeamentos que já mataram 18 pessoas e feriram mais de três dezenas, incluindo civis e crianças, passa como sempre pelo lançamento de rockets de curto alcance junto à fronteira, obrigando ao encerramento das escolas e à utilização dos abrigos por parte de Israel. No entanto, há registo de quatro feridos do lado israelita, três dos quais serão trabalhadores agrícolas tailandeses.
Em Gaza, a população não tem para onde fugir dos ataques aéreos, desde que Israel começou o ataque na sexta-feira, assassinando Zohair al-Qaisi, o líder dos Comités de Resistência Popular, que Telavive acusa de estar por detrás dum suposto plano para atacar Israel a partir do lado egípcio da Península do Sinai. Foi o grupo de al-Qaisi que sequestrou o soldado Gilad Shalit e o manteve cinco anos prisioneiro, antes de se proceder à troca por mais de mil presos palestinos.
Mas os bombardeamentos não pararam com o assassinato do alvo e milhares de pessoas gritaram por vingança nas cerimónias fúnebres de al-Qaisi, que chegou à liderança dos Comités após Israel ter assassinado o líder anterior na cidade de Rafah em agosto passado. Neste clima, é pouco provável que se consiga um acordo de cessar fogo, com um porta voz dos Comités a dizer que o grupo “não pode recuar enquanto seus líderes e heróis estão sendo mortos”. Já o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, o ultradireitista Avigdor Lieberman, diz que "as normas deste governo incluem a decisão de derrubar o Hamas e não faz sentido começar uma operação sem estabelecer um objetivo claro de tirar o Hamas e eliminar o terrorismo e os líderes terroristas em Gaza".
Do lado do Hamas, que governa a faixa de Gaza, procura-se uma solução que leve ao fim dos bombardeamentos, intensificando os contatos diplomáticos com o Egito para alcançar uma trégua com Israel. O Hamas tem respeitado a frágil trégua que mantém com Israel e pressionado os pequenos grupos militantes a não dispararem rockets para o território israelita. Mas os mortíferos ataques israelitas deste fim de semana vêm dificultar essa tarefa, como se verificou nos funerais deste fim de semana, onde um dos slogans mais entoados era precisamente contra essa trégua que vigorou até à passada sexta-feira.
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