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"Mais democracia para combater o tabu de que é tudo inevitável"

O Bloco de Esquerda comemorou o 13º aniversário em Coimbra e Francisco Louçã defendeu que é necessário Portugal "combater e cancelar a dívida abusiva para recuperar a economia para o emprego".
Para o Bloco, a esquerda precisa de combater o tabu de que é preciso castigar o povo para recuperar o país. Foto Paulete Matos

"A dívida acumulada e multiplicada, que é o que está a acontecer, conduz a um país inviável. O que nos dizem que é inevitável, a dívida, que obriga à expiação do povo é uma construção da desigualdade, uma violência contra os mais pobres, um abuso contra os trabalhadores", sublinhou o coordenador bloquista no jantar que juntou dezenas de pessoas em Coimbra para assinalar o aniversário do Bloco de Esquerda.

Ante a ameaça publicada na imprensa alemã de que Portugal poderá ser alvo de novo empréstimo da troika, com o país já "destroçado pelo juro abusivo", Louçã deixou o desafio de que é possível à esquerda combater os tabus de que "é tudo inevitável" - "a dívida, o desemprego, a precariedade, a desigualdade e a injustiça" - e de que é preciso castigar o povo para recuperar o país. Mas para combater esses tabus, sublinhou Louçã, é necessária "mais democracia" contra o poder do sistema financeiro.

Louçã referiu-se ainda aos exemplos de abuso consentido pelo Governo - como o duplo pagamento das portagens à Lusoponte, o crédito de 300 milhões sem juros ao banco BIC para comprar o BPN ou a entrega de dividendos dos lucros do ano passado da EDP e da REN aos futuros donos chineses e omanitas - para concluir que o sistea financeiro tem "pirateado a economia portuguesa sem qualquer limite".

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