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Bloco quer populações a decidirem novo mapa autárquico

O projeto de lei bloquista responde à iniciativa do Governo, que pretende extinguir mais de 1300 freguesias, por entender excessivo o número atual. A este respeito, a proposta do Bloco recorda que as freguesias portuguesas "apesar de ainda disporem de poucas competências e apenas cerca de 0,1% da despesa inscrita no Orçamento de Estado, têm uma área média idêntica à média dos municípios de vários estados membros da UE".
A proposta do Bloco pretende fortalecer o poder de decisão das populações, alargando "a possibilidade de recurso à iniciativa legislativa popular para a criação, extinção, fusão e modificação territorial de autarquias locais". Outra das linhas condutoras do projeto é promover a discussão pública das iniciativas que envolvam mudanças no mapa autárquico e ampliar o "caráter vinculativo do parecer dos órgãos das autarquias locais afetadas" por essas mudanças.
A proposta inclui "a obrigatoriedade de realização de referendo local, no que se refere a iniciativas legislativas relativas à criação, extinção, fusão e modificação territorial de autarquias locais", o que vai ao encontro do disposto na Carta Europeia da Autonomia Local, subscrita por Portugal e do reconhecimento da admissibilidade deste tipo de referendos pelo Tribunal Constitucional no final do século passado.
Em resumo, com esta lei o Bloco pretende "que as populações sejam verdadeiramente o alfa e o ómega no processo decisório". E os apoios têm sido recolhidos em várias Assembleias Municipais espalhadas pelo país, onde nas últimas semanas o Bloco tem levado esta proposta a votação.
As moções "em defesa da realização obrigatória de consulta popular" sobre alterações ao mapa autárquico já colheram o apoio maioritário nos eleitos de quatro capitais de distrito (Lisboa, Viana do Castelo, Guarda e Beja) e em concelhos como Loures, Portimão, São Pedro do Sul, Barcelos, Palmela, Salvaterra de Magos e Vouzela. Moções semelhantes serão levadas nas próximas semanas a debate e votação noutros concelhos em que o Bloco tem representação autárquica.
O plano do Governo para a reforma administrativa tem sido criticado pelas autarquias e esta terça-feira a direção da Associação Nacional de Municípios Portugueses deu parecer desfavorável à proposta de Miguel Relvas e defendeu em alternativa "uma solução de baixo para cima, em que as decisões ou propostas pertencem, em primeira linha, aos órgãos locais", afirmou o vice-presidente da ANMP, Rui Solheiro, à agência Lusa.
Comments
Bloco, Bloco, não vos amo,
Bloco, Bloco, não vos amo, elejo-vos....
Quero ver o que não vi ainda, assumirem o mesmo entendimento com o mapa da regionalização!
Nunca vos vi em semelhante atitude quando o mapa das regiões apenas muda Lisboa para o Porto e deixa trás-os-montes no mesmo lugar e o resto do país parado, subjugado, frágil e mais pobre ainda.
O meu voto escolhe, ou ajuda a levar deputados eleitos pelo circulo do Porto que têm opinião diferente de mim, mesmo assim voto Bloco e levo muitos outros a votar. No entanto, apenas o faço porque não tenho alternativa....
Se houver cinco candidatos a:
Eu escolho de entre os cincos, assim, de entre todos os que votam há um primeiro, segundo e seguintes!
Da foram como as coisas são, eu apenas voto na moção A, B ou C e não posso escolher um da C, dois da A e trés da B ou outra coisa que me aprouver.
Mais democracia cá em casa é ter mais força.
Não te distraias camarada.
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