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Centenário do nascimento de Manuel da Fonseca

Neste artigo da biblioteca digital da Hemeroteca Municipal de Lisboa poderá aceder a informações sobre a vida e obra de Manuel da Fonseca e também a conteúdos digitais sobre o autor.

No dia 15 de Outubro de 2010 celebraram-se os 100 anos do nascimento de Manuel da Fonseca. Natural de Santiago do Cacém e com um percurso de vida que passou pelo comércio, indústria e publicidade, foi como escritor – poeta, romancista, contista e cronista – que se destacou, assumindo um papel de relevo na literatura neo-realista portuguesa. Em paralelo, manteve ao longo da vida uma intervenção política que o levou a aderir ao MUD (em 1945, chegando a integrar, em 1947, a Comissão Distrital de Lisboa deste Movimento), a apoiar a candidatura de Norton de Matos (1949) de Arlindo Vicente e, depois de Humberto Delgado (1958) à presidência da República, a integrar a Comissão de Apoio à Oposição Democrática (1961 e 1965, ano em que é preso pela PIDE), e a aderir à Comissão Democrática Eleitoral (1969) nas eleições para Deputados.

Mais informações sobre a vida e obra de Manuel da Fonseca estão disponíveis no artigo de João Machado, publicado no sítio web Vidas Lusófonas, e ao qual pode aceder aqui.

Em termos de participação no universo da imprensa periódica, tem colaboração em diversos títulos, todos eles consultáveis na Hemeroteca Municipal de Lisboa: Afinidades (1942-46), Árvore: folhas de poesia (1951-53), Vértice: revista de cultura e arte (1942-), Pensamento: divulgação social e científica (1930-1940), Sol Nascente: quinzenário de ciência, arte e crítica (1937-1940), Seara Nova: revista quinzenal de doutrina e crítica (1921-), O Diário (1976-1990), O Diabo: semanário de crítica literária e artística (1934-40), e A Capital (1968-2005; neste último publicou, em Agosto de 1968, uma série de crónicas mais tarde reunidas em volume sob o título Crónicas Algarvias).

A Hemeroteca Municipal assinala esta efeméride com a divulgação de conteúdos digitais sobre o autor:

. "Diálogo com Manuel da Fonseca", entrevista concedida pelo autor à revista Gazeta Musical, em Abril de 1960;

. "Escrevo porque sou do contra", última entrevista concedida por Manuel da Fonseca, ao jornal Expresso, publicada na edição de 20 de Março de 1993;

. "Nos 75 anos de Manuel da Fonseca: memória e verdade da sua poesia e ficção", de Serafim Ferreira, publicado no número 94 (Novembro 1986) da revista Colóquio Letras;

. "Manuel da Fonseca: o contador-mor", série de artigos dedicados ao autor na edição de 16-22 de Março de 1993 do Jornal de Letras.

Pode ainda conhecer aqui todas as obras de Manuel da Fonseca existentes na Rede Municipal de Bibliotecas de Lisboa. Se pretender aceder a estudos sobre a vida e obra do autor, conheça aqui os recursos existentes nas BLX.


 

A Hemeroteca de Lisboa dispõe ainda de um artigo com as mesmas características sobre o centenário do nascimento de Alves Redol.

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Neste dossier:

O Neo-Realismo em Portugal

O Neo-Realismo em Portugal não se esgota na sua componente literária, estando igualmente associado às artes plásticas e à história da resistência antifascista. O seu comprometimento com a transformação humana do mundo e a permanente articulação entre o individual e o coletivo são alguns dos traços que caracterizam as obras neo-realistas. Dossier coordenado por Mariana Carneiro.

Museu do Neorealismo. Somos nós.

O Museu do Neorealismo, situado em Vila Franca de Xira, é uma boa história a ser contada para ilustrar o valor da participação cidadã na vida cultural e na criação de serviços públicos na área da cultura e da vida das cidades. Artigo de Maria José Vitorino.

Uma breve abordagem ao Neo-Realismo

Mais do que uma corrente intelectual, do que uma resposta a este ou aquele movimento artístico, mais do que a expressão de uma força política, o movimento neo-realismo foi a expressão de uma solidariedade, de uma tomada de posição perante o sofrimento agravado do povo português. Artigo de João Machado.

Redol, de Vila Franca a Lisboa e de Glória a Gaibéus

Gaibéus marcava o início do percurso de Alves Redol como escritor. No entanto, a sua publicação era, ao mesmo tempo, ponto de chegada e ponto de partida. Texto de João Madeira.

Centenário do nascimento de Manuel da Fonseca

Neste artigo da biblioteca digital da Hemeroteca Municipal de Lisboa poderá aceder a informações sobre a vida e obra de Manuel da Fonseca e também a conteúdos digitais sobre o autor.

Alves Redol: vida e obra

A vida e a personalidade de Alves Redol são extremamente complexas, não sendo fácil estabelecer a sua biografia. Artigo de António Mota Redol.

A mulher na obra de Alves Redol

“Afinal o lugar que eu dou à mulher nos meus romances…é uma questão de fidelidade: de ser fiel à realidade”. (Entrevista a A Capital, 22/05/1968) Artigo de António Mota Redol.

Ler hoje o Neo-Realismo

De todos os movimentos estéticos portugueses do século XX, o Neo-Realismo é aquele que mais tem sido objeto de interpretações equívocas e redutoras. Artigo de Vítor Pena Viçoso.