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Grécia: Miguel Portas visita metalúrgicos em greve
Na Grécia varrida pela austeridade há exemplos de luta que não esmorecem. Uma delegação de onze eurodeputados do GUE/NGL, onde se incluía Miguel Portas, visitou em solidariedade os grevistas na entrada da fábrica da Greek Steelworks, parada há 160 dias contínuos. Os 400 metalúrgicos rejeitam a redução do salário para metade e o despedimento de 65 operários. A batalha pelo salário está ganha, persistem agora pela reintegração dos despedidos. Há quase quatro meses em paragem, subsistem através da solidariedade de operários metalúrgicos de outras fábricas, de movimentos locais e internacionais. Essa ajuda é gerida e repartida por um comité dos próprios trabalhadores.
Os operários da Steelworks garantiram não desistir enquanto tiverem colegas no desemprego, manifestaram o desejo de ver a sua luta expandida a outros sectores na Grécia e na Europa e recusam ser chamados a pagar “uma dívida dos especuladores” que não contraíram. “Estamos aqui também pela proteção dos direitos que estão a ser retirados pela União Europeia. A nossa luta é por toda a classe trabalhadora”.
“Se passar aqui, aplicam no resto da Europa”
Em conversa com os trabalhadores, Miguel Portas enalteceu a sua luta e considerou que “da capacidade de luta na Grécia dependemos todos nós, depende o futuro de Portugal e da Europa. O que está em curso na Grécia é um teste à resistência dos trabalhadores a uma determinada política, se passar aqui aplicam no resto da Europa”, disse.
Mais tarde, já numa conferência de imprensa no Parlamento grego, o eurodeputado do Bloco de Esquerda deu como “exemplo heroico” esta greve, realçando a importância da dimensão solidária necessária à sua prossecução. “Eu sou grego”, concluiu.
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http://theintelhub.com/2012/02/23/argentine-advice-for-greece-default-now/
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