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Protestos contra a privatização da EDP e a precariedade

Centenas de pessoas protestaram nesta segunda feira à porta da assembleia-geral de acionistas da EDP contra a sua privatização. Trabalhadoras da Tempo Team,empresa prestadora de serviços à EDP, denunciaram a precariedade e reivindicaram aumento salarial, gritando: “A nossa energia é o vosso lucro”.
Protesto contra a privatização, à porta da assembleia geral de acionistas da EDP. “É mesmo necessário o aumento dos salários. A nossa energia é o vosso lucro”, gritaram as trabalhadoras da Tempo Team, 20 de fevereiro de 2012 – Foto de José Sena Goulão/Lusa

Ana Catarino, trabalhadora da Tempo Team, empresa prestadora de serviços à EDP, disse à agência Lusa que há um “sentimento de injustiça”, porque fazem o mesmo trabalho [que os trabalhadores da EDP], mas com uma tabela salarial diferente.

“Temos um salário que vai do salário mínimo até ao patamar máximo dos 645 euros, sendo que as pessoas que recebem o valor máximo já se encontram nesse patamar há mais de sete anos, sem aumentos”, disse. Ana Catarino acrescentou ainda que “na Tempo Team, há mais de 800 pessoas a fazer todo o trabalho de retaguarda da EDP há mais de 20 anos em condições de trabalho insatisfatórias”.

O coordenador do Fiequimetal (federação sindical da CGTP), Rogério Silva, declarou à Lusa: “Estamos aqui a dizer que somos contra a privatização de uma empresa estratégica para a economia nacional”, alertando que o encaixe com a alienação de uma participação de 21,35 por cento do capital à China Three Gorges “é inferior ao que o Estado iria receber, em dividendos, nas próximas décadas”.

Rogério Silva disse ainda que “os trabalhadores da Tempo Team são o retrato do estímulo à precariedade que a EDP tem promovido”, defendendo que “todas as empresas que coabitam no universo EDP tenham direitos semelhantes e estabilidade social”.

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