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Bloco propõe comissão de inquérito sobre BPN nacionalizado

"A dimensão deste enorme buraco financeiro" obriga a um "dever acrescido de informação e esclarecimento" por parte do Governo e da Caixa Geral de Depósitos, defende o deputado João Semedo. O Governo vai injetar 600 milhões de euros no banco para a seguir vendê-lo por 40 milhões.
O BPN continua a custar dinheiro aos portugueses e persistem dúvidas sobre a venda do banco ao capital angolano gerido pelo ex-ministro cavaquista Mira Amaral. Foto Paulete Matos

A Comissão de Inquérito permitirá descobrir o que esteve por trás da "mais ruinosa operação de sempre das finanças do Estado" e obrigará a trazer respostas às dúvidas sobre a venda do BPN ao BIC. João Semedo já tinha levantado suspeitas sobre um “negócio de favor” na aquisição do BPN pelo BIC, quando solicitou ao Governo o acesso ao contrato de venda do banco.

"Temos feito uma série de perguntas que nunca são respondidas", referiu Semedo à agência Lusa, criticando tanto o anterior Governo PS, como o atual executivo PSD/CDS-PP por não terem "uma prática transparente".

Depois da primeira Comissão de Inquérito ao BPN ter levantado o véu a algumas fraudes que roubaram o banco, uma segunda Comissão pode ajudar a perceber como é que se gastaram "mais de cinco mil milhões de euros vindos do Estado".

João Semedo diz que é preciso ouvir os envolvidos na gestão pela CGD e no processo de venda ao BIC e lembrou que a Comissão Europeia lançou um inquérito à reestruturação do BPN. Neste contexto, o deputado acha "difícil que algum deputado ou grupo parlamentar se sinta à vontade para dizer que esta comissão de inquérito não é necessária".

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