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Greve dos transportes começa a ter efeitos já nesta quarta feira à noite

Os trabalhadores dos transportes paralisam quinta feira, 2 de fevereiro. Os comboios da CP começarão a ter perturbações já nesta quarta feira à noite. O Metro de Lisboa para às 23.30h. O protesto é “contra a política recessiva que promove a destruição acelerada dos postos de trabalho”.
Foto de Paulete Matos

Para esta quinta-feira, 2 de fevereiro, está convocada uma greve dos trabalhadores dos transportes. A greve marcada tem a duração de 24 horas para as empresas: Metropolitano de Lisboa, Carris, Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), Refer, e CP Carga. Na Transtejo e na Soflusa os trabalhadores paralisam três horas em cada turno.

Para a CP está igualmente convocada greve de 24 horas, sendo que o tribunal arbitrário determinou serviços mínimos correspondentes a 20% dos comboios. Segundo a empresa, num dia circulam 1470 comboios. Os sindicatos dos trabalhadores da CP consideram que se os serviços determinados pelo tribunal arbitral fossem aplicados “quase metade dos trabalhadores deixariam de ter direito à greve” (“já que define 20% dos comboios regionais e de longo curso e um conjunto de comboios suburbanos de Lisboa e Porto”) e apontam: “Mais uma vez os trabalhadores se verão obrigados a defender o seu direito à greve e combater aquilo que, com a designação de serviços mínimos, é não mais que serviços máximos”.

Os maquinistas da CP estão em greve “à prestação de trabalho extraordinário”, “em dia de descanso semanal”, “em dia de feriado”, “com falta de repouso mínimo” previsto no acordo de empresa, entre as 0h de 1 de fevereiro e as 24h de 29 de fevereiro de 2012. O comunicado do sindicato aponta ainda que “se à hora prevista da sua partida não se encontre presente, para o respetivo acompanhamento, operador de apoio/operador de revisão e venda ou outro trabalhador que o substitua, não pertencente à Carreira de Condução – Ferrovia/Tração” os maquinistas “encontram-se em greve à prestação de todo e qualquer trabalho a partir desse momento até final do período normal de trabalho”. Esta última situação provavelmente poderá ser a mais comum a 2 de fevereiro, bastando outros trabalhadores da CP pararem.

Segundo o comunicado do SNTSF (Sindicato nacional dos trabalhadores do setor ferroviário), a paralisação “é uma luta contra a política recessiva que promove a destruição acelerada dos postos de trabalho”. O sindicato refere ainda que os trabalhadores não podem aceitar “a imposição das pontes como dias de férias por decisão unilateral do patrão”, “o roubo de 3 dias de férias”, “a redução das remunerações, indemnizações e subsídio de desemprego”, “os despedimentos mais fáceis e mais baratos”, “a desregulamentação dos horários de trabalho” e “o roubo do subsídio de Férias e de Natal”.

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