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CT's do Parque da Autoeuropa repudiam acordo de concertação
A Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Volkswagen Autoeuropa analisou na passada sexta feira o acordo de concertação social assinado entre Governo, patronato e UGT e decidiu:
“repudiar tal documento no que diz respeito à legislação laboral, por o mesmo vir agravar as condições de trabalho dos portugueses, nomeadamente através da redução dos dias de férias e Feriados, colocando os trabalhadores portugueses no topo europeu dos que mais dias por ano passam no trabalho o que nada tem a ver com mais produtividade como podemos provar nas empresas que representamos”.
A coordenadora considera que o objetivo central do patronato português com o acordo “não foi o aumento da produtividade, mas sim o de atentar contra a Constituição da República no que diz respeito à proibição dos despedimentos individuais”.
Coordenadora contesta “na globalidade as medidas contra os trabalhadores constantes no documento”, “repudia veementemente todo o conteúdo respeitante à liberalização do despedimento por extinção do posto de trabalho” e “principalmente, tudo o que no acordo facilita o despedimento individual, matéria que” consideram que “com acordo ou sem ele está vedada ao patronato no âmbito da Constituição da República”.
A coordenadora alerta que “no Parque Industrial a Paz Social tem predominado e que as medidas agora aprovadas, a serem aplicadas neste sector exportador, podem pôr isto em causa”.
A coordenadora decidiu ainda que irá tentar “através da negociação impedir que, a generalidade destas medidas sejam aplicadas na Volkswagen Autoeuropa e nas empresas do Parque Industrial”, convocou uma reunião de todas as ORT's do Parque para o próximo dia 6 de fevereiro, “para uma discussão mais exaustiva deste inacreditável documento” e anuncia que “colaborará (independentemente das suas filiações sindicais,) com todas as organizações dos trabalhadores cujo objetivo seja a denúncia e a derrota deste acordo”.
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