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Portos nacionais paralisam durante cinco dias

A partir da próxima segunda-feira, os trabalhadores dos portos nacionais iniciam um período de greve de cinco dias em protesto contra a “instabilidade que se vive no meio portuário nacional”.
Segundo a Fesmarpor, o pedido judicial de insolvência da Empresa de Trabalho Portuário (ETP) do Porto de Aveiro, apresentado pela Aveiropor e Socarpor, põe em causa os postos de trabalho de 62 trabalhadores, o que equivale a 60% do efetivo da empresa.

Segundo o presidente da Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários (Fesmarpor), que agrega cinco sindicatos do sector, e que é responsável pela convocação deste protesto, “muitos trabalhadores estão sem salário e enfrentam um ataque às condições laborais”, mediante a vaga de insolvências que se tem vindo a registar no sector.

O representante da Fesmarpor, em declarações ao jornal Público, acusa o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, que tutela o sector, de “não ter mostrado disponibilidade para receber os sindicatos, apesar dos vários pedidos”.

A greve de cinco dias, poderá prolongar-se “se não houver alterações à atual situação”, sendo que, no limite, os protestos poderão estender-se por mais cinco dias, completando um total de dez dias de contestação, esclarece Alexandre Delgado.

No pré-aviso de greve, que abrange os trabalhadores dos portos de Viana do Castelo, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines e Caniçal (ilha da Madeira), os seis sindicatos reunidos na confederação decidiram "participar, ativa e solidariamente, em todos os portos onde detêm representatividade, nesta manifestação de unidade e de luta, contra a prepotência e o oportunismo das empresas de estiva e das associações de operadores que, aproveitando a crise vigente, procuram, pela ameaça do despedimento e da precarização dos contratos de trabalho, anular e eliminar todos os acordos e protocolos anteriormente celebrados com os sindicatos".

Segundo afirmou à Lusa o vice-presidente da Fesmarpor, Vítor Dias, a Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários ainda está disponível para encontrar uma solução que evite a greve e que terá que passar “pela suspensão ou pela retirada do processo de insolvência e que passe por uma solução que viabilize a ETP do Porto de Aveiro”.

A Fesmarpor já fez “três pedidos urgentes de reunião ao secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro”, 09 e 21 de dezembro e a 02 de janeiro, aos quais não obteve qualquer resposta”.

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