You are here
Mensagem do primeiro-ministro foi de "ocultação e falsidades"
Em conferência de imprensa, na sede nacional do Bloco, em Lisboa, Miguel Portas alegou que "o Governo projeta modificar em 2012 as fórmulas de cálculo das pensões de reforma de modo a que qualquer português fique com as prestações congeladas a partir de 246 euros", o que não foi referido por Passos Coelho na sua mensagem natalícia, na qual este se comprometeu a "honrar os compromissos".
Por outro lado, Miguel Portas questionou onde está o "ataque aos núcleos de privilégios injustificados" de que falou o primeiro-ministro e contestou a ideia de que o Governo PSD/CDS-PP vai avançar com "reformas estruturais", contrapondo que o que está em curso é "a contra-reforma".
O dirigente do Bloco sustentou que "todas as reformas estruturais deste Governo ficam-se sempre pelos de baixo" e destacou "a tentativa de criar mais meia hora de trabalho gratuita", considerando-a "uma reforma estrutural que é digna do século XIX e não do século XXI", contra os desempregados e os trabalhadores.
Miguel Portas, dizendo que os cidadãos portugueses "estão habituados às más notícias", afirmou que estes "não se vão habituar à mentira, à falsidade e à ocultação" e defendeu que é preciso "romper com este caminho" de "austeridade em cima de austeridade".
O Bloco vai agir "no Parlamento, na dinamização dos movimentos de indignação e de resistência social", com o objetivo de que "o Governo acabe por recuar nas principais medidas que está a procurar aplicar", acrescentou.
Na sua mensagem de Natal, o primeiro-ministro apontou 2012 como "um ano de grandes mudanças e transformações", que "incidirão com profundidade" nas "estruturas económicas".
Passos Coelho declarou ainda que "há razões para olhar de frente o futuro com esperança" e que os portugueses "têm sido corajosos e que o seu esforço vai valer a pena".
Comments
Nunca um Primeiro Ministro
Nunca um Primeiro Ministro falou tanto a verdade como este. "Um ano de grandes mudanças e transformações", que "incidirão com profundidade" nas "estruturas económicas".
É claro que se esqueceu de esclarecer que as transformações são a continuação "silenciosa" do roubo escandaloso à classe trabalhadora e ao contribuinte sem hipótese de fuga, e que as estruturas económicas a que se refere, são as camadas médias da população que continuarão a pagar e a não bufar.
Temos que, unidos, dar volta a este cenário pois este senhor vai revelar-se mais perigoso que o anterior.
Àquele, parece que anda agora a estudar para tirar a cadeira que lhe falta pelos ditos c... abaixo, e a este fatar-lhe-á um chumbo, mas daqueles com 9mm de secção entre os mesmos ditos.
Add new comment