Trabalhadores da Tobis continuarão os protestos na próxima semana

23 de December 2011 - 16:55

Na próxima semana, os trabalhadores da Tobis irão concentrar-se em frente à Assembleia da República em protesto pelo pagamento dos salários em atraso e contra a possibilidade de fecho da empresa.

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O governo, durante uma reunião entre os trabalhadores da Tobis Portuguesa e o secretário de Estado da Cultura, já admitiu a hipótese de encerrar a empresa no início de 2012 se a venda do capital do Estado na produtora não se concretizar.

O governo, durante uma reunião entre os trabalhadores da Tobis Portuguesa e o secretário de Estado da Cultura, já admitiu a hipótese de encerrar a empresa no início de 2012 se a venda do capital do Estado na produtora não se concretizar.

Perante esta possibilidade, e depois de uma semana em frente à residência do primeiro-ministro, os trabalhadores da Tobis, empresa com quase 80 anos, e que fornece serviços de pós-produção para o cinema nacional, irão continuar os protestos pelo pagamento dos salários em atraso e contra a possibilidade de fecho da empresa.

Na próxima semana, os trabalhadores da empresa irão manifestar-se em frente à Assembleia da República, em Lisboa, disse à Lusa fonte sindical.

Bloco pediu audiência a secretário de Estado da Cultura

"Está em causa uma empresa com mais de 78 anos com um catálogo ligado à história do cinema português e que tem apoiado o cinema nacional fornecendo serviços de pós produção em filme, em vídeo e em digital, transmitindo know-how e desenvolvendo novos processos na digitalização, restauro e conversão de filmes para projeção digital", refere a deputada bloquista no requerimento entregue esta sexta feira em São Bento.

Catarina Martins lembra que o Instituto para o Cinema e o Audiovisual (ICA) está a tentar privatizar a empresa desde 2010, "inicialmente através de um concurso público que atraiu apenas uma proposta, rejeitada pelo próprio ICA, depois através da venda direta a uma entidade privada cuja identidade nunca foi revelada e que, ao que se sabe, terá também falhado".

No último ano, "a atividade da empresa degradou-se, sendo agora praticamente nula", acrescenta o Bloco de Esquerda.