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Redução de comboios na linha de Sintra

As novas escalas, introduzidas a 11 de dezembro, reduzem substancialmente a frequência e número de comboios na linha de Sintra, especialmente nas horas de ponta. Sindicato diz que o acordo da empresa não está a ser respeitado. Bloco questiona ministro da Economia e Emprego.

A pretexto da alteração dos horários de verão para inverno, a CP introduziu novas escalas na linha de Sintra, que reduzem o número de comboios na hora de ponta e suspendem o serviço noturno, passando o último comboio para as 0h30 e acabando com o comboio da 1h30.

O Sindicato Nacional dos trabalhadores do Sector Ferroviário diz que a CP lhe apresentou a 3 de dezembro um conjunto de novas medidas aplicar nas linhas de Sintra, Azambuja e Cintura, correspondentes ao que constava no Plano de “simplificação tarifária e reformulação da rede de transportes da área metropolitana de Lisboa”. No entanto, posteriormente, o ministro da Economia disse que este plano era apenas um estudo preliminar, pelo que a entrada das novas escalas a 11 de dezembro estaria suspensa, segundo o sindicato. No entanto, as novas escalas foram mesmo introduzidas.

O sindicato considera que as novas escalas não respeitam o Acordo de Empresa, os trabalhadores não foram informados antecipadamente e “nas escalas, para além do aumento da carga de trabalho, não se teve em conta a necessidade de transportes dos trabalhadores nas saídas depois das 24h, por exemplo”.

O Bloco de Esquerda considera que “as medidas agora apresentadas vêm, mais uma vez, penalizar os habitantes das zonas suburbanas da grande Lisboa, especialmente trabalhadores e estudantes” e salienta que “além do aumento generalizado dos preços dos transportes, estas pessoas enfrentarão agora menos serviços, de menor qualidade”.

A deputada Catarina Martins do Bloco requer ao ministro da Economia e do Emprego que esclareça “o caráter vinculativo do 'plano de simplificação tarifária e reformulação da rede de transportes da área metropolitana de Lisboa'”, questiona se o governo prevê para breve a “aplicação das restantes medidas constantes no Plano ou reforça o seu caráter de estudo” e pede que o documento seja fornecido aos deputados.

O Bloco pergunta ainda se o governo tem “forma de garantir o cumprimento dos serviços que preencham as necessidades das populações afetadas” e quais as “alternativas de transporte equacionadas pelo Ministério para garantir que os trabalhadores em regime noturno têm possibilidade de regressar ao seu local de residência”.

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Neste dossier:

Plano governamental contra transportes públicos

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