You are here
França: ativistas da Greenpeace invadem centrais nucleares

Numa ação que visa denunciar a vulnerabilidade das centrais nucleares e demonstrar como “a segurança nuclear não existe”, ativistas da Greenpeace entraram na central nuclear de Nogent-sur-Seine, a 95 quilómetros a sudeste de Paris.
A policia confirma que deteve alguns dos oito invasores que entraram na central nuclear. Os ativistas reclamam ter subido até ao interior de uma das chaminés dos reatores e mostrado uma faixa onde se podia ler: “o nuclear seguro não existe”.
Noutras duas centrais, no sul de França, a polícia confirma que houve tentativa de intrusão, mas sem sucesso. Cartazes e bandeiras foram encontrados perto da central de Blaye (sudoeste) e do centro de pesquisa nuclear de Cadarache (sudeste).
Mas a Greenpeace diz ter ativistas “noutras instalações nucleares” francesas, para além da central de Nogent-sur-Seine.“Perto das 6 horas da manhã, quando eles entraram na [central nuclear de] Nogent, outros ativistas da Greenpeace invadiram outras instalações nucleares”, disse a organização em comunicado, acrescentando que não divulgará o nome das centrais em causa.
No site da secção francesa da Greenpeace, explica-se que “a ação mostra como o as centrais nucleares francesas são vulneráveis”, pois “simples ativistas com intenções pacíficas conseguiram, com poucos meios, alcançar o coração da central nuclear! Porquê? Como? Porque os recursos de segurança existentes são inadequados!”
Segundo anúncio feito na tarde desta segunda-feira, o Governo francês ordenou já um inquérito aprofundado à segurança das centrais nucleares – esse era o objetivo da ação dos ativistas ambientalistas.
Em França, país que depende em 75 por cento da energia nuclear para a produção de electricidade, tem havido um debate sobre a segurança nuclear desde o acidente na central nuclear de Fukushima, no Japão.
Para a porta-voz da Greenpeace de França, o estudo que está a decorrer sobre a segurança nas centrais nucleares francesas é apenas uma operação de comunicação. Sophia Majnoni afirma ainda que o estudo que está a ser feito apenas incide nos aspectos de danos naturais, como os sismos, e esquece os ataques terroristas.
Add new comment