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Cortes nos subsídios aprovados com a abstenção do PS
No debate desta segunda-feira de manhã, no parlamento, o PS votou contra a subida dos 1000 para 1100 euros do limite mínimo a partir do qual funcionários públicos e pensionistas perderão os dois subsídios, de férias e de Natal. E absteve-se no número que definia a modulação dos cortes para trabalhadores e pensionistas que subia o limite dos 485 para os 600 euros, propostas de alteração de última hora que a maioria PSD/CDS apresentou, numa tentativa de mascarar a violência social das suas medidas de austeridade.
Horas antes, António José Seguro, havia garantido estar disponível para votar a “favor de qualquer proposta que torne o Orçamento menos injusto”.
O secretário-geral do PS afirmou que a decisão de se abster na votação da proposta do PSD/CDS para a modelação dos cortes dos subsídios foi tomada já no próprio plenário após concluir que aquela era "minimalista".
Os cortes e as propostas de alteração foram, contudo, aprovadas com os votos do PSD e CDS. O Bloco, PCP e Verdes votaram contra.
Assim, 51 mil funcionários públicos e 1,9 milhões pensionistas vão ficar isentos de qualquer corte nos subsídios, sendo que 174 funcionários públicos e 280 mil pensionistas terão um corte parcial nos subsídios, segundo o secretário de Estado do Orçamento, Nuno Morais Sarmento.
Pedro Filipe Soares: "Isto é um assalto"
No debate que antecedeu a votação do corte nos subsídios, o deputado bloquista Pedro Filipe Soares defendeu que o corte dos dois subsídios de Natal e de férias "é um assalto", “comece ele a fazer efeito a partir dos 485 ou dos 600 euros", frisou.
Durante a sua intervenção no debate da especialidade do OE' 2012, o deputado do Bloco criticou ainda a aliança do PS com a maioria de direita nesta matéria e a forma como voltou atrás na sua promessa de nunca aceitar o corte de dois subsídios.
Comments
Para os muitos milhares de
Para os muitos milhares de portugueses que recebem entre os 485 e os 600 euros faz toda a diferença!
O que era importante era ver divulgadas as propostas concretas do BE para evitar os cortes sem pôr em risco as metas impostas por quem nos empresta dinheiro para comermos.
De quem nos empresta dinheiro
De quem nos empresta dinheiro para comermos???? Desde quando é que a troika, o Banco Central Europeu, ou qualquer banco privado nos em presta dinheiro para comermos? Emprestam dinheiro que TODOS nós temos que pagar com lingua de palmo, para os Srs do Capital. Eles recebem o guito e nós, pobres trabalhadores por conta de outrem somos responsáveis pelo pagamento dessas dívidas. Abra a pestana!
Eu que quero ser um
Eu que quero ser um benemérito e espero por isso conquistar um lugarzinho no céu até estou disposto a emprestar-lhe dinheiro para comer, oito euros por dia, que tal? Desde que me pague doze euros por cada dia da minha boa ação.
As propostas concretas do
As propostas concretas do Bloco também estão no debate parlamentar, o resumo está aqui:
http://www.esquerda.net/artigo/bloco-prova-que-h%C3%A1-alternativas-aos-...
Só faço uma pergunta: se
Só faço uma pergunta: se estes cortes são inconstitucionais, não é possível criar um movimento, que junte os lesados que se queiram associar e através da legalidade processar o estado português? Desculpem a minha ignorância...
Não devia continuar a nos
Não devia continuar a nos surpreender a atitude do PS. E não devíamos continuar a tratar de ganhar a base do PS, como fazem alguns cros. da direcção do BE, que teimosamente definem esta como prioridade estratégica.
A realidade desmente esta possibilidade cada dia.
Reparem o que aconteceu na Espanha nas últimas eleições: os militantes do PS desiludidos com o seu governo não deram o seu voto a esquerda. Os votos foram para a abstenção. Só uns poucos ajudaram a IU a quintuplicar os seus votos, posto que tinham quase nada anteriormente. Mas o grosso da militância do PS se absteve. Igual que aqui no Parlamento na votação do OE. Com isto permitiu o maior triunfo da direita espanhola desde a ditadura.
Ainda querem mais provas os defensores dum BE aliado ao PS?
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