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Cortes nos subsídios aprovados com a abstenção do PS

A votação das alterações de última hora propostas pela maioria de direita em relação aos cortes nos subsídios de férias e de Natal revelou um volte-face do PS. No último momento, o grupo parlamentar socialista votou contra numa e absteve-se noutra. O Bloco votou contra “o assalto” aos subsídios.
No debate que antecedeu a votação do corte nos subsídios, o deputado bloquista Pedro Filipe Soares defendeu que o corte dos dois subsídios de Natal e de férias "é um assalto", “comece ele a fazer efeito a partir dos 485 ou dos 600 euros", frisou. Foto de Paulete Matos.

No debate desta segunda-feira de manhã, no parlamento, o PS votou contra a subida dos 1000 para 1100 euros do limite mínimo a partir do qual funcionários públicos e pensionistas perderão os dois subsídios, de férias e de Natal. E absteve-se no número que definia a modulação dos cortes para trabalhadores e pensionistas que subia o limite dos 485 para os 600 euros, propostas de alteração de última hora que a maioria PSD/CDS apresentou, numa tentativa de mascarar a violência social das suas medidas de austeridade.

Horas antes, António José Seguro, havia garantido estar disponível para votar a “favor de qualquer proposta que torne o Orçamento menos injusto”.

O secretário-geral do PS afirmou que a decisão de se abster na votação da proposta do PSD/CDS para a modelação dos cortes dos subsídios foi tomada já no próprio plenário após concluir que aquela era "minimalista".

Os cortes e as propostas de alteração foram, contudo, aprovadas com os votos do PSD e CDS. O Bloco, PCP e Verdes votaram contra.

Assim, 51 mil funcionários públicos e 1,9 milhões pensionistas vão ficar isentos de qualquer corte nos subsídios, sendo que 174 funcionários públicos e 280 mil pensionistas terão um corte parcial nos subsídios, segundo o secretário de Estado do Orçamento, Nuno Morais Sarmento.

Pedro Filipe Soares: "Isto é um assalto"

No debate que antecedeu a votação do corte nos subsídios, o deputado bloquista Pedro Filipe Soares defendeu que o corte dos dois subsídios de Natal e de férias "é um assalto", “comece ele a fazer efeito a partir dos 485 ou dos 600 euros", frisou.

Durante a sua intervenção no debate da especialidade do OE' 2012, o deputado do Bloco criticou ainda a aliança do PS com a maioria de direita nesta matéria e a forma como voltou atrás na sua promessa de nunca aceitar o corte de dois subsídios.

Pedro Filipe Soares: "Isto é um assalto"

Termos relacionados Orçamento do Estado 2011, Política
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