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Para o Ministro da Saúde há 1.000 especialistas a mais nos hospitais
Durante uma reunião conjunta das comissões parlamentares de saúde e de orçamento e finanças, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou na noite desta terça feira que “há 1.000 médicos especialistas a mais nos hospitais”. O deputado João Semedo do Bloco de Esquerda retorquiu: “Mil médicos a mais? Ou anda a ser enganado pelo senhor secretário do Estado Manuel Teixeira ou ele tem enganado os portugueses pois publicou um estudo em que fala em mil médicos de família em falta e 600 especialistas em falta nos hospitais...”
No debate, o ministro reconheceu ainda que o “o SNS não vai ficar incólume” com uma redução de cerca de 600 milhões de euros no seu financiamento. O ministro disse que o orçamento da saúde contempla um aumento de 100 milhões de euros nas receitas, mas recusou-se a anunciar qual será o aumento das taxas moderadoras, referindo apenas que as taxas moderadoras “não terão um valor determinante” para esse acréscimo de receitas.
Os partidos da oposição mostraram-se preocupados com o efeito dos cortes na assistência e prestação de cuidados de saúde e o deputado João Semedo questionou se o orçamento é “a sério ou a fingir”, afirmando: “Se é a sério, será uma desgraça para o Serviço Nacional de Saúde e resultará em cortes na assistência. Se é a fingir, o mesmo irá resultar na acumulação da dívida”.
O deputado do Bloco de Esquerda desafiou ainda o ministro a pôr em discussão pública a reorganização da rede hospitalar de Lisboa, que acusou de estar a ser feita ao sabor dos interesses do grupo Espírito Santo, que vai gerir o novo hospital de Loures.
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