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"Angela Merkel é a mulher mais perigosa da Europa"

Na conferência de imprensa após a reunião, Francisco Louçã assinalou a convergência com o partido da esquerda alemã "na defesa do salário, segurança social e serviços públicos" e lembrou que "ainda ontem o congresso da CDU - o partido da chanceler Angela Merkel - abriu a porta para uma visão autoritária e destrutiva da UE" ao propor a facilitação da saída de países do euro, introduzindo para tal novos mecanismos nos Tratados.
Klaus Ernst reconheceu essa convergência ao propor também que os Estados deixem de se financiar através da dívida privada e passem a fazê-lo através de um banco europeu de investimento que se alimente diretamente do BCE.
"Os cidadãos da Europa pagam taxas altíssimas de juros aos bancos. Mas esses bancos já não existiriam se não fossem os pacotes de ajuda pagos pelos mesmos contribuintes", afirmou o líder do partido que tem 76 deputados no Bundestag.
"Merkel e Sarkozy apresentam à Europa mais dumping social, mais cortes e austeridade. Isto é um perigo para a União Europeia, é submeter a democracia aos mercados financeiros", acrescentou Klaus Ernst, considerando que "neste momento, Angela Merkel é a mulher mais perigosa da Europa". "Mas quem governa são os mercados financeiros", declarou ainda Ernst antes de deixar uma pergunta aos jornalistas: "Numa reunião de Angela Merkel com o presidente do Deutsche Bank, quem é que manda em quem?"
Para além do financiamento dos Estados através da banca privada a juros extorsionários, o dirigente do Die Linke aponta outra causa para a atual crise, a do desequilíbrio nas trocas comerciais entre os Estados. Desde o início do euro, foi "o dumping salarial na Alemanha que originou um grande superavite na balança comercial" em relação aos países do Sul, agora com problemas para financiar as suas importações. "É preciso pôr um fim a este dumping social", concluiu Ernst.
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O líder do Bloco de Esquerda,
O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, contestou hoje as recomendações datroika e a opção do Governo em “impor trabalho gratuito”, afirmando que no século XX nenhum país da Europa o fez.
“Não houve nenhum país da Europa no século XX que, tirando os períodos de guerra, de ocupação militar, impusesse o aumento gratuito do trabalho. Portugal é o único desse ponto de vista”, sublinhou.
O Klaus Ernst que reveja BEM
O Klaus Ernst que reveja BEM a sua estratégia, porque está aqui está fora do próximo Bundestag!
A Merdkel, numa jogada absolutamente maquiavélica, permitiu os primeiros aumentos de salários desde há 10 anos. Só isso fez transferir 1/3 dos votos do Die Linke para outros partidos (SPD/Verdes/Piratas).
Além disso, estäo practicamente fora do Bundesrat, porque até em Berlim o SPD preferiu aliar-se à Direita (como gostaram de fazer a nível federal).
E isto é tudo muito mau sinal, porque já se sabe que o SPD näo se importa de tocar 2.o bandolim para a Merdkel, logo nada prática nada muda para quem trabalha.
Porque näo estäo a conseguir denunciar esta situaçäo?
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