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99% de todo o mundo uni-vos!

A luta contra o FMI, o Banco Mundial, as Wall Streets, não é uma luta isolada em nossa casa, no nosso bairro ou mesmo no nosso país.

As grandes manifestações do 15 de Outubro deixaram claro várias coisas. O problema das nossas mesas não é uma exclusividade minha ou do meu vizinho. Estendem-se pelas mesas partilhadas por 6.930 milhões de pessoas, que constituem os 99% da população explorada em todo mundo.

Os líderes dos países imperialistas empurraram-nos para uma recessão mundial e agora, ao invés de abrirem mão de uma ínfima parte dos lucros, como propõe o americano Warren Buffet, um dos homens mais ricos entre os tais 1%, querem que, em todo mundo, os 99% façam esse sacrifício.

Seria a tradicional luta entre os 1% versus os 99%, se não fosse por um único e fundamental detalhe: os 99% já não estão dispostos a aceitar que a situação piore, e estão a começar aquele que pode ser o maior levante anti-capitalista da história.

A manifestação global do dia 15, que possuiu um carácter diferenciado em cada pais, não ocorreu por que meia dúzia de lunáticos usaram a Internet para convocar uma insurreição mundial, idealizada nas suas cabeças.

É o resultado da percepção de que os vizinhos de todo o mundo precisam lutar contra um problema que é comum e que atinge todos os que vivem nesse planeta. Está mais do que claro que a luta contra o FMI, o Banco Mundial, as Wall Streets, não é uma luta isolada em nossa casa, no nosso bairro ou mesmo no nosso país. O que aflige os americanos, italianos, portugueses e a população que está a morrer de fome na Somália tem uma origem comum e, exactamente por isso, a camisa dos 99% está a ser vestida em todos os países

As demonstrações do dia 15 ensinaram-nos também que, se se trata de uma luta global, é necessário forjar um partido que agrupe os melhores lutadores entre os 99%, um partido mundial anti-capitalista, ou seja, precisamos de uma organização com Blocos de Esquerda em todo mundo. Em Portugal, no Japão, nos EUA, na Itália, na China, na Índia, nos países árabes, enfim...

Quem impõe uma luta global não somos nos, são condições económicas objectivas e uma recessão mundial que atinge as cidades americanas, europeias e as vilas mais pobres do planeta.

Existe alguma saída para essa crise? Eu opino que sim:

99% DE TODO O MUNDO UNI-VOS!

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