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Cortes nos hospitais provocam demissões
Segundo o Correio da Manhã, é já este sábado que os médicos que estão em exclusividade nos centros de saúde deixam de poder fazer urgências hospitalares. Esta situação promete gerar o caos nos hospitais, em particular na Grande Lisboa, e só no Hospital Francisco Xavier serão dispensados 25 clínicos.
"Se há menos clínicos, também devem diminuir as urgências nestes hospitais", disse ao CM o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares. Pedro Lopes diz que "a situação pode ser complicada, porque as unidades de saúde não podem contratar sem autorização do Ministério". Para o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde, o fim dos protocolos assinados em 2005 para suprir a escassez de médicos nas urgências dos hospitais com gestão empresarial irá "degradar a qualidade dos serviços". Carlos Braga, porta-voz do movimento, diz que o impacto desta medida para os utentes "se traduz no aumento do tempo de espera nas Urgências, onde o atendimento será de pior qualidade". E acrescenta que "esta decisão vai também potenciar a fuga de alguns médicos para o privado".
Entretanto, no hospital Curry Cabral, a demissão da presidente levou à saída de toda a administração do hospital que é um dos maiores centros europeus de transplantes hepáticos. As novas regras de financiamento, que incluem cortes de 50% nos incentivos que eram pagos até agora, com efeitos retroactivos a 2010, terão estado na origem da saída de Ana Paula Sousa Uva, que invocou "razões pessoais" na carta de demissão entregue ao ministro Paulo Macedo.
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