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Suíça: Professores de Português juntam-se a funcionários consulares
Vestidos de preto, em sinal de luto, os professores de Português na Suíça juntaram-se ao protesto dos funcionários dos consulados, que entraram na terceira semana de greve. A desvalorização do euro já provocou a perda de cerca de um terço do salário que recebem. Alguns dizem que já não têm sequer dinheiro para pagar a renda de casa.
Cinquenta e seis funcionários consulares na Suíça iniciaram no dia 29 de Agosto uma greve por tempo indeterminado por falta de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros acerca da sua situação salarial. Reivindicam simplesmente a manutenção do valor dos seus salários.
Os trabalhadores em greve são da embaixada de Portugal em Berna, da missão junto da ONU em Genebra, dos consulados naquela cidade e em Zurique, bem como dos escritórios consulares em Sion e Lugano, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE).
O sindicato afirma que, na semana passada, uma delegação dos funcionários e do sindicato foi recebida pela chefe de gabinete e pelo chefe de protocolo da Ministra Suíça, “enquanto o nosso Ministro se ficou por um ofício atrasado , informando que o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP) iria dialogar connosco, deixando sucessivas interpelações sem resposta e não apresentando qualquer solução aceitável”.
Do encontro no gabinete da Ministra Suíça, ficou o entendimento de que “embora respeitando o princípio da não ingerência nos assuntos internos portugueses, a Suíça entende que os direitos laborais e sociais suíços são de cumprimento obrigatório para todas as representações externas ali instaladas, pelo que a senhora Ministra irá desencadear as diligências que entende serem adequadas à situação em que nos encontramos”, informa o comunicado do STCDE.
O sindicato estranha ainda “que o Ministro Paulo Portas tenha elogiado o diálogo do governo com os professores, mas não siga esse exemplo”
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