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Discriminação de homossexuais na recolha de sangue ainda é uma realidade

O vice-presidente da direcção da Centro Avançado de Sexualidades e Afectos (CASA) foi informado pelos serviços de recolha de sangue do Hospital de São João, no Porto, "de que não poderia ser dador de sangue especificamente por ter respondido afirmativamente” à questão "teve relações sexuais com pessoas do mesmo sexo?".
Recolha de sangue - Foto da Lusa (arquivo).

O procedimento adoptado pelo Hospital de São João contraria a resolução aprovada na Assembleia da República, e que foi proposta pelo Bloco de Esquerda, que recomendava ao governo a adopção de medidas que visem combater a discriminação dos homossexuais e bissexuais nos serviços de recolha de sangue.

A então ministra da Saúde, Ana Jorge, já havia garantido que os responsáveis pelos locais de colheita de sangue iriam ser instruídos no sentido de não incluírem, nos inquéritos distribuídos aos dadores, perguntas relacionadas com a orientação sexual, garantindo ainda que “o modelo que foi feito pelo Instituto Português do Sangue, que existe em todos os locais de colheita de sangue, nomeadamente nos hospitais, e que é distribuído aos doentes e aos potenciais dadores, não tem nenhuma referência à orientação sexual dos indivíduos”.

A notícia agora avançada demonstra que a discriminação absolutamente injustificada dos homossexuais e bissexuais nos serviços de recolha de sangue persiste.

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