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Demissões na Autoridade dos Serviços do Sangue e da Transplantação

Responsáveis pela Autoridade dos Serviços do Sangue e da Transplantação pediram a demissão esta sexta-feira devido ao corte de 50% nos incentivos para a realização de transplantes. Responsáveis afirmam que medida poderá causar a morte de doentes.
O ministro da Saúde já admitiu que os cortes poderão resultar num menor número de transplantes. Foto de Ministério da Saúde, Flickr.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, já admitiu que o corte nos incentivos para a realização de transplantes, anunciado em Agosto e que terá efeitos retroactivos desde o início do ano, poderá resultar num menor número de transplantes.

Perante as declarações deste responsável de Estado, a Coordenadora Nacional das Unidades de Colheita de Órgãos, Tecidos e Células para Transplantação, Maria João Aguiar, afirmou à agência Lusa que se recusa a permanecer no seu lugar na medida em que este “está esvaziado de funções”. A responsável afirmou ainda que não pode aceitar “que haja doentes que se podem salvar mas que vão morrer porque o país está em dificuldades económicas”.

Maria João Aguiar lembrou ainda que as transplantações renais se traduzem numa «poupança de milhões de euros» ao Estado, já que “a transplantação é a maneira mais económica para os doentes que vão continuar a gastar dinheiro ao Estado porque continuam em diálise se não são transplantados”.

A Coordenadora Nacional das Unidades de Colheita de Órgãos enviou ainda uma mensagem aos colegas que trabalham nos Serviços do Sangue e da Transplantação, apelando para que «continuem a ter em mente os doentes que estão em lista de espera, porque eles existem e sofrem todos os dias».

O director Geral da Autoridade dos Serviços do Sangue e da Transplantação, João Rodrigues Pena, também apresentou a sua carta de demissão ao ministério da Saúde em sinal de protesto contra os cortes anunciados.

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