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“Combater a austeridade dos planos da troika é a prioridade social”

A comissão política do Bloco considera que a cimeira europeia da passada semana comprovou “a correcção e a utilidade da exigência” de renegociação da dívida, defende nova redução do juro e salienta que o programa da troika continua a ser inaceitável, sublinhando que “à esquerda compete enfrentar estes programas de austeridade”.
Jorge Costa: "A prioridade social é o combate aos planos da troika"

Jorge Costa divulgou em conferência de imprensa as conclusões da reunião da comissão política do Bloco de Esquerda desta segunda feira, sublinhando que a prioridade social é o combate aos planos da troika. (Aceda ao comunicado da comissão política)

Para a comissão política do Bloco, o plano da troika continua a ser inaceitável, mesmo após a baixa dos juros decidida pela recente cimeira europeia, pois “a economia portuguesa estará em 2012 mais endividada, com mais desemprego, com um PIB reduzido, com menos investimento e com mais pobreza. O ciclo vicioso da austeridade clamará então por outro empréstimo e mais cortes nos apoios sociais”.

A comissão política do Bloco afirma também que a “apresentação da proposta do governo sobre a lei laboral constitui o primeiro grande choque social desta aliança da troika contra o trabalho e os direitos sociais”, considerando que se trata de um teste político ao governo, que “desafia sindicatos e toda a esquerda à acção popular para defender o emprego, os contratos, o respeito pelo trabalho”.

O órgão executivo do Bloco condena também o terror que atingiu a Noruega e expressa solidariedade para com as vítimas dos atentados em Oslo e com o Partido Trabalhista da Noruega.

A comissão política do Bloco pronuncia-se ainda sobre as “evidências ou acusações de acção injustificada dos Serviços Secretos”, pedindo ao primeiro-ministro que divulgue urgentemente ao parlamento “as conclusões do inquérito anunciado”.

Comentando a eleição de António José Seguro como secretário-geral do PS, Jorge Costa referiu como "um sinal profundamente negativo" a abertura demonstrada pelo novo líder do PS para alterações no sentido da diminuição da proporcionalidade do sistema eleitoral de legislativas e autárquicas. “António José Seguro opta por abrir o seu mandato com um ataque à esquerda, procurando um acordo com o PSD para a batota eleitoral que são os círculos uninominais para a Assembleia da República, um sistema que distorce a vontade popular em nome do bipartidarismo”, sublinhou o dirigente do Bloco.

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