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Seca na Somália é o "pior desastre humanitário"
António Guterres apelou ao mundo para que envie "ajuda massiva" aos 380 mil refugiados do campo de Dadaab, que diz acolher "os mais pobres dos pobres e os mais vulneráveis dos vulneráveis". "O nível de subnutrição das crianças que chegam está nos 50 por cento. Isto é suficiente para explicar porque um nível muito alto de mortalidade é inevitável", declarou o alto comissário.
A ajuda para fazer frente aos efeitos da seca na região é necessária para 10 milhões de pessoas, segundo estima o Programa Alimentar Mundial. Já o Fundo das Nações Unidas para a Infância calcula que entre elas estejam mais de dois milhões de crianças subalimentadas.
A longa caminhada para chegar ao campo de refugiados de Dadaab, que foi construído para dar abrigo a 90 mil pessoas, também preocupa o alto comissariado. "Numerosas pessoas morrem no caminho, de acordo com aquilo que nos é comunicado", declarou num encontro com a imprensa uma porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming. Ela acrescenta que as agências humanitárias na região também se debatem com "a ausência de uma ajuda internacional mais rápida e robusta destinada a responder à crise das deslocações provocada pela seca no Corno de África".
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