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Seca na Somália é o "pior desastre humanitário"

O alto comissário da ONU para os Refugiados visitou o sobrelotado campo de refugiados de Dadaab, no Quénia, que é o maior do mundo e continua a acolher os milhares que caminham mais de um mês para fugir à seca.
Guterres quer mais ajuda para o maior campo de refugiados do mundo em Dadaab, que diz acolher "os mais pobres dos pobres e os mais vulneráveis dos vulneráveis". Foto Parlamento Europeu

António Guterres apelou ao mundo para que envie "ajuda massiva" aos 380 mil refugiados do campo de Dadaab, que diz acolher "os mais pobres dos pobres e os mais vulneráveis dos vulneráveis". "O nível de subnutrição das crianças que chegam está nos 50 por cento. Isto é suficiente para explicar porque um nível muito alto de mortalidade é inevitável", declarou o alto comissário.

A ajuda para fazer frente aos efeitos da seca na região é necessária para 10 milhões de pessoas, segundo estima o Programa Alimentar Mundial. Já o Fundo das Nações Unidas para a Infância calcula que entre elas estejam mais de dois milhões de crianças subalimentadas.

A longa caminhada para chegar ao campo de refugiados de Dadaab, que foi construído para dar abrigo a 90 mil pessoas, também preocupa o alto comissariado. "Numerosas pessoas morrem no caminho, de acordo com aquilo que nos é comunicado", declarou num encontro com a imprensa uma porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming. Ela acrescenta que as agências humanitárias na região também se debatem com "a ausência de uma ajuda internacional mais rápida e robusta destinada a responder à crise das deslocações provocada pela seca no Corno de África".

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