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Londres: 30.000 manifestantes contra os cortes nas pensões

Os trabalhadores da função pública estiveram em greve no Reino Unido, nesta quinta feira. A manifestação em Londres, contra a austeridade imposta pelo governo conservador, juntou mais de 30.000 pessoas. Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista, considerou que as greves são “erradas”.

A greve contra os cortes nas reformas foi convocada por três sindicatos do sector da educação e por dois sindicatos de trabalhadores da função pública: o sindicato dos serviços públicos e comerciais (PCS) e o GMB. No sector da educação a greve paralisou, total ou parcialmente, mais de 11.000 escolas.

A greve teve também grande adesão dos trabalhadores dos serviços de fronteiras dos aeroportos portos e estações ferroviárias, de funcionários judiciais e de outros sectores da função pública.

Na marcha realizada em Londres participaram mais de 30.000, tendo-se realizado manifestações igualmente noutras cidades do Reino Unido.

Ed Miliband posicionou-se contra a a luta dos trabalhadores da função pública, declarando que é “errada” e defendendo que os sindicatos e o governo devem continuar a negociar. A declaração deixou os grevistas e os sindicalistas em fúria, tendo Mark Serwotka do PCS respondido que Ed Miliband “deve pensar no que está a fazer”. Num editorial do jornal Morning Star, intitulado “Miliband não está a ouvir”, afirma-se: “As recentes decisões de Miliband indicam que ele ainda se guia mais pelas obsessões do novo Labour do que por aquilo que está a ouvir da parte dos trabalhadores.” E acrescenta: “A percepção popular de que há mais um líder trabalhista no bolso das grandes empresas vai prejudicar a capacidade do partido de se reconstruir”.

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