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SEF obrigado a alugar espaço que vendeu há dois anos

Por decisão do Ministério das Finanças, o prédio ocupado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras foi vendido há dois anos. As novas instalações, que foram alvo de inúmeros investimentos, não têm condições para albergar os servidores informáticos deste serviço.

Em Junho de 2009, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) foi transferido para um edifício no Tagus Park, em Oeiras, cuja renda representa uma despesa anual de 1,250 milhões de euros. As novas instalações, onde foi gasto mais de um milhão em obras de adaptação, não tem condições para acolher os servidores informáticos, pelo que o SEF se viu obrigado a alugar dois andares na sua anterior sede, vendida por 6 milhões de euros.

A inadequação do edifício sito no Tagus Park às necessidades do SEF foi óbvia desde a mudança.   Entre Maio de 2009 e Novembro do ano passado este serviço celebrou contratos para aquisição de diversos bens e serviços num montante de cerca de 1,1 milhões de euros, nomeadamente para aquisição de montagem de sinalética exterior, serviços de segurança, arranjos paisagísticos e para assegurar o transporte anual dos funcionários transferidos.

O valor do aluguer dos dois andares na Rua Conselheiro José Silvestre Varela, em Carnide, onde se localizavam as anteriores instalações do SEF, ainda não é do conhecimento público.

Este negócio é questionado pelo secretário nacional adjunto do Sindicato dos Funcionários de Investigação do SEF, Mário Antunes Varela. "As situações de gestão e os negócios que, afinal, acabam por retirar dinheiro e património ao SEF são bem conhecidos do sindicato. Em diversas ocasiões solicitámos à antiga secretária de Estado [da Administração Interna], Dalila Araújo, que fizesse algo para reduzir custos. Até tínhamos uma proposta para reduzir a massa salarial. Mas, apesar de só ter a seu cargo o SEF, a secretária de Estado nunca esteve disponível", adiantou o sindicalista ao jornal Público.

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