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Por um largo debate interno

Contributo de António Sequeira

Primeiro como aderente do BE e subscritor da moção D, “Por uma maioria social de esquerda”, que tenho apoiado desde o seu início, que protagoniza uma maior democracia interna e uma ampla participação colectiva dos aderentes e activistas do Bloco de Esquerda nas resoluções políticas, continua em parte actual e necessária, pois temos assistido, cada vez mais a contestação interna que se manifesta de variadas formas, umas construtivas, outras nem por isso. A derrota do BE nas eleições legislativas e a vitória eleitoral da direita conservadora, mais as medidas que nos vão ser impostas pelo FMI e do Banco Central Europeu é um enorme combate que os trabalhadores e o povo português têm pela frente, convocar uma Convenção Extraordinária nesta conjuntura, só ia degradar ainda mais a imagem do BE, basta estar atento à troca de mimos entre camaradas dirigentes, ex-dirigentes e pro-dirigentes, nos blogs, nas redes sociais nos jornais e televisões, uma Convenção era mais do mesmo ou pior ainda, íamos assistir à sede de protagonismo de alguns a falarem para os órgãos de comunicação social. Para esse peditório não dou.

As Convenções são um instrumento para linear a estratégia política, se foi a mais correcta ou não depende do ponto de vista de cada um, mas nunca para lavar roupa suja ou pedir a cabeça do coordenador nacional do BE, tentar convocar uma convenção depois de os resultados eleitorais serem conhecidos, é batota política, quando subscrevi uma convenção extraordinária para discutir as candidaturas presidenciais, foi muitos meses antes de saber os resultados.

Como aderente do BE, devo cerrar fileiras e contribuir para o fortalecimento do BE e não o contrário. Nesse sentido, sou contra a convocação de uma Convenção Extraordinária.

Defendo sim um largo debate interno, nos núcleos concelhios e distritais, que mobilize, os aderentes e activistas, para as dificuldades que o BE atravessa, as suas causas e principalmente apontar soluções para o desenvolvimento da democracia interna e do trabalho político que temos pela frente.

O trabalho de base é essencial para cativar e alargar as fileiras do BE, mais participação, mais debates internos, resumindo, mais democracia interna e melhor organização.

Setúbal, 15 de Junho de 2011

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