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Por um largo debate interno
Primeiro como aderente do BE e subscritor da moção D, “Por uma maioria social de esquerda”, que tenho apoiado desde o seu início, que protagoniza uma maior democracia interna e uma ampla participação colectiva dos aderentes e activistas do Bloco de Esquerda nas resoluções políticas, continua em parte actual e necessária, pois temos assistido, cada vez mais a contestação interna que se manifesta de variadas formas, umas construtivas, outras nem por isso. A derrota do BE nas eleições legislativas e a vitória eleitoral da direita conservadora, mais as medidas que nos vão ser impostas pelo FMI e do Banco Central Europeu é um enorme combate que os trabalhadores e o povo português têm pela frente, convocar uma Convenção Extraordinária nesta conjuntura, só ia degradar ainda mais a imagem do BE, basta estar atento à troca de mimos entre camaradas dirigentes, ex-dirigentes e pro-dirigentes, nos blogs, nas redes sociais nos jornais e televisões, uma Convenção era mais do mesmo ou pior ainda, íamos assistir à sede de protagonismo de alguns a falarem para os órgãos de comunicação social. Para esse peditório não dou.
As Convenções são um instrumento para linear a estratégia política, se foi a mais correcta ou não depende do ponto de vista de cada um, mas nunca para lavar roupa suja ou pedir a cabeça do coordenador nacional do BE, tentar convocar uma convenção depois de os resultados eleitorais serem conhecidos, é batota política, quando subscrevi uma convenção extraordinária para discutir as candidaturas presidenciais, foi muitos meses antes de saber os resultados.
Como aderente do BE, devo cerrar fileiras e contribuir para o fortalecimento do BE e não o contrário. Nesse sentido, sou contra a convocação de uma Convenção Extraordinária.
Defendo sim um largo debate interno, nos núcleos concelhios e distritais, que mobilize, os aderentes e activistas, para as dificuldades que o BE atravessa, as suas causas e principalmente apontar soluções para o desenvolvimento da democracia interna e do trabalho político que temos pela frente.
O trabalho de base é essencial para cativar e alargar as fileiras do BE, mais participação, mais debates internos, resumindo, mais democracia interna e melhor organização.
Setúbal, 15 de Junho de 2011
Comments
Concordo, um debate alargado
Concordo, um debate alargado e o apelo à participação de mais gente, a abertura de novas formas de participação e melhor organização, são essenciais antes de uma nova convenção apetitosa para o circo mediático.
Mais, afastar louçã quando o bloco sofre,na opinião pública, de um grande défice de credibilidade em questões económicas, seria contra producente.
Eis uma perspectiva ponderada
Eis uma perspectiva ponderada e séria de abordar a questão de forma construtiva e profícua. Para este "peditório" estou disponível, mas para outros que por aí andam, não contem comigo.
Não se podem assacar culpas individuais neste momento, quando, até 2009 foi sempre a subir e as tácticas têm sido sob a orientação política dos mesmos responsáveis. O BE é um colectivo que pode e deve ser sempre aperfeiçoado (ainda somos tão novinhos, mas queremos crescer de forma sustentada).
Estas circunstâncias aceleram o debate de ideias que leva a esse aperfeiçoamento. Não expurgando, mas convergindo no debate de ideias. Não é pelo caminho da atribuição de culpas pessoais, mas sim pela via do entendimento do que nos faltou para segurar o eleitorado que tínhamos conquistado. O problema não é de ordem pessoal, mas sim político e, enquanto tal deve ser assumido de forma colectiva.
Não discordando da tua
Não discordando da tua posição, na generalidade, já na especialidade eu sou favorável à Convenção extraordinária. Acho que as pessoas são suficientemente adultas para separarem da discussão o que são trincas particulares, de diferenças de interpretação da situação política. Mas sou a favor da Convenção por uma razão, depois de tudo o que se passou a actual direcção necessita urgentemente de se legitimar perante aderentes e perante simpatizantes, ou o faz agora ou andará a navegar à vista durante muito tempo. Depois, a nova conjuntura saída das eleições, um presidente e uma maioria parlamentar de direita, mais o programa da troika ainda agravado com o programa do governo, exige um reajustar de estratégia e uma resposta da Esquerda rápida, eficaz e dura. A luta antevê-se bastante desigual com a manipulação dos media, é urgente juntar todas as forças para junto com os trabalhadores lutarmos por uma existência com dignidade.
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