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Bloco apela ao voto dos jovens

Francisco Louçã faz últimos apelos e alerta que abstenção não é alternativa. Indecisão aumentou, particularmente no eleitorado do PS, afirma, “que não desiste do país e não quer uma economia de desemprego.”
Louçã dirigiu-se mais uma vez ao eleitorado do PS. Foto de Paulete Matos

Francisco Louçã dirigiu os seus últimos apelos de voto aos jovens, que se têm abstido tantas vezes, porque “sabem agora que têm de ser eles próprios a defender-se contra a precariedade, contra os abusos e o desemprego”.

“É preciso uma economia que olhe para o emprego, que acabe com a precariedade, que responda por homens e mulheres que não têm alternativa porque há tantos anos estão no desemprego – e chegaremos a ter um milhão de desempregados se a política da troika prevalecer”, disse o coordenador do Bloco de Esquerda. “É por esta política decente que se faz o debate neste último dia de campanha”, disse Louçã aos jornalistas, no final de uma reunião com os trabalhadores do Metro do Porto e com activistas e membros de CTs de algumas das principais empresas do distrito do Porto, como a Efacec, a Unicer ou a Sonae.

Nesta campanha, disse Louçã, o Bloco de Esquerda fez uma escolha, a mais difícil de todas, a mais necessária de todas, que foi falar à inteligência das pessoas. “Estamos convencidos que os homens e mulheres não desistiram do país”.

Indecisão aumentou

Para o cabeça-de-lista por Lisboa, a indecisão aumentou no último dia, porque grande parte do eleitorado, sobretudo do povo da esquerda, “sabe que não pode ser arrastado para a incompetência que é o desemprego. Não pode ser arrastado para um ataque à Segurança Social, diminuindo a garantia que tem que dar para as pensões de reforma para todos, agora e no futuro. E sabe que estes juros altíssimos que Sócrates insiste em pagar são uma derrota para a economia, quando juros mais baixos já arruinaram a Grécia.”

Por isso, Louçã dirigiu-se mais uma vez ao eleitorado do PS: “Eu quero que o povo de esquerda se levante para trazer ao país aquilo que faz falta: combate ao desemprego, combate contra a ruína, renegociação da dívida.”

Sobre a reunião, que decorreu nas instalações da Junta de freguesia da Senhora da Hora, Louçã explicou que o Bloco de Esquerda tem acompanhado com muito detalhe a luta dos trabalhadores do Metro do Porto. “Os maquinistas do Metro conduzem com a qualificação profissional de maquinistas e não são conhecidos como tal, ao contrário dos seus colegas de Lisboa”. Por outro lado, continua a pairar o perigo da privatização, ua solução incompetente. O caso da Fertagus, que assegura as ligações ferroviárias para a margem sul de Lisboa, é um bom exemplo disso. “O Estado paga mais à Fertagus, que é privada, do que se fosse estatal. E os utentes também pagam bilhetes mais caros.”

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