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“PS quer o voto da esquerda para governar com a direita”

João Semedo, cabeça de lista pelo Porto, defendeu que “o voto da esquerda deve ser nesta esquerda de confiança, deve ser no Bloco de Esquerda”. O almoço comício na Alfândega do Porto contou também com as intervenções de Francisco Louçã, de Miguel Guedes e dos candidatos Cristina Andrade e Eliseu Lopes.
“A resposta da esquerda é a justiça e o resgate é o voto”, afirmou Francisco Louçã no almoço comício na Alfândega do Porto.

João Semedo, cabeça de lista pelo distrito do Porto, deu início ao almoço comício na Alfândega, realçando a enorme mobilização para esta iniciativa, que juntou mais de 700 pessoas. O deputado do Bloco frisou que esta tem sido “a maior e melhor campanha” alguma vez realizada pelo Bloco no distrito e que o objectivo será a eleição do quarto candidato, Eliseu Lopes.

João Semedo criticou ainda a postura do PS, PSD e CDS durante esta campanha, para quem “o que é importante é ter um tacho no governo” e sublinhou que o PS quer o “voto da esquerda para governar com a direita”. “O voto da esquerda deve ser nesta esquerda de confiança, deve ser no Bloco de Esquerda”, defendeu.

A resposta da esquerda é a justiça e o resgate é o voto”

Durante o almoço na Alfândega do Porto, Francisco Louçã lembrou qual a importância do voto. “A resposta da esquerda é a justiça e o resgate é o voto”, afirmou. O voto que teremos que chamar é aquele que nos tira desta “economia do abismo”, avançou.

Ao “voto medroso, o voto desistente”, a que PS, PSD e CDS apelam, nós contrapomos o “voto que traga contas certas, rigor, competência nas contas da economia, combate à desigualdade”.

O coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda sublinhou também que “Portugal inteiro já sabe que o nosso país segue o caminho da Grécia, e que a Grécia já está na bancarrota” e que todos os portugueses também já sabem que “não se pode transformar o país numa província” da banca estrangeira.

Pequenos déspotas dos interesses maiores que formam o bloqueio central”

Miguel Guedes criticou os políticos que promovem “atropelos constantes a um patamar mínimo de dignidade” e que se comportam como pequenos ditadores de vontades”, os “pequenos déspotas dos interesses maiores que formam o bloqueio central”. O mandatário da candidatura defendeu que estes “políticos do bloqueio central têm falta de vontade e não merecem outra oportunidade”.

Bloco: “as alternativas da justiça social e do trabalho digno”

Cristina Andrade, quinta candidata pelo distrito do Porto, defendeu que “esta crise não é culpa nossa”. “A culpa é deles, e eles são a banca, os interesses financeiros, o capitalismo descontrolado”, adiantou, “e eles têm padrinhos: a troika, constituída pelo PS, PSD e CDS”.

Segundo a candidata, “aquilo a que eles chamam ajuda” é, na verdade, “gatunagem, é roubo”. “Existem alternativas”, avançou, e o “Bloco tem essas alternativas: as alternativas da justiça social e do trabalho digno”.

O que “PS, PSD e CDS não querem que os portugueses saibam”

Eliseu Lopes, quarto candidato pelo Porto, afirmou que a “tríade da crise, PS, PSD e CDS, trazem à cena pseudo-divergências para tentarem encobrir e subtrair à discussão pública o seu programa conjunto já determinado pela troika do FMI”.

O que estes partidos “não querem que os portugueses saibam”, avançou este candidato, é que “assinaram com a troika a destruição progressiva do sistema de justiça, da segurança social, do serviço nacional de saúde, da escola pública e, sobretudo, do estado social que tanto enchem a boca para falsamente proclamarem a sua defesa”.

"Não aceitamos a economia do abismo"

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