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“PS quer o voto da esquerda para governar com a direita”
João Semedo, cabeça de lista pelo distrito do Porto, deu início ao almoço comício na Alfândega, realçando a enorme mobilização para esta iniciativa, que juntou mais de 700 pessoas. O deputado do Bloco frisou que esta tem sido “a maior e melhor campanha” alguma vez realizada pelo Bloco no distrito e que o objectivo será a eleição do quarto candidato, Eliseu Lopes.
João Semedo criticou ainda a postura do PS, PSD e CDS durante esta campanha, para quem “o que é importante é ter um tacho no governo” e sublinhou que o PS quer o “voto da esquerda para governar com a direita”. “O voto da esquerda deve ser nesta esquerda de confiança, deve ser no Bloco de Esquerda”, defendeu.
“A resposta da esquerda é a justiça e o resgate é o voto”
Durante o almoço na Alfândega do Porto, Francisco Louçã lembrou qual a importância do voto. “A resposta da esquerda é a justiça e o resgate é o voto”, afirmou. O voto que teremos que chamar é aquele que nos tira desta “economia do abismo”, avançou.
Ao “voto medroso, o voto desistente”, a que PS, PSD e CDS apelam, nós contrapomos o “voto que traga contas certas, rigor, competência nas contas da economia, combate à desigualdade”.
O coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda sublinhou também que “Portugal inteiro já sabe que o nosso país segue o caminho da Grécia, e que a Grécia já está na bancarrota” e que todos os portugueses também já sabem que “não se pode transformar o país numa província” da banca estrangeira.
“Pequenos déspotas dos interesses maiores que formam o bloqueio central”
Miguel Guedes criticou os políticos que promovem “atropelos constantes a um patamar mínimo de dignidade” e que se comportam como pequenos ditadores de vontades”, os “pequenos déspotas dos interesses maiores que formam o bloqueio central”. O mandatário da candidatura defendeu que estes “políticos do bloqueio central têm falta de vontade e não merecem outra oportunidade”.
Bloco: “as alternativas da justiça social e do trabalho digno”
Cristina Andrade, quinta candidata pelo distrito do Porto, defendeu que “esta crise não é culpa nossa”. “A culpa é deles, e eles são a banca, os interesses financeiros, o capitalismo descontrolado”, adiantou, “e eles têm padrinhos: a troika, constituída pelo PS, PSD e CDS”.
Segundo a candidata, “aquilo a que eles chamam ajuda” é, na verdade, “gatunagem, é roubo”. “Existem alternativas”, avançou, e o “Bloco tem essas alternativas: as alternativas da justiça social e do trabalho digno”.
O que “PS, PSD e CDS não querem que os portugueses saibam”
Eliseu Lopes, quarto candidato pelo Porto, afirmou que a “tríade da crise, PS, PSD e CDS, trazem à cena pseudo-divergências para tentarem encobrir e subtrair à discussão pública o seu programa conjunto já determinado pela troika do FMI”.
O que estes partidos “não querem que os portugueses saibam”, avançou este candidato, é que “assinaram com a troika a destruição progressiva do sistema de justiça, da segurança social, do serviço nacional de saúde, da escola pública e, sobretudo, do estado social que tanto enchem a boca para falsamente proclamarem a sua defesa”.
Comments
É notório a necessidade que
É notório a necessidade que as diferentes direitas têm em adormecer o cidadão, dando-lhe umas doses de receio e acenando-lhe com a "estabilidade". O cidadão vai ter que pedir responsabilidades através de um tribunal cívico, a todos aqueles que mentiram e omitiram...
Amigo Jorge (se me permite o
Amigo Jorge (se me permite o termo), concordo plenamente consigo e acho que o Bloco de Esquerda devia levantar esta questão durante a campanha eleitoral e deixar esse pensamento na memória do povo Português.
qualquer que seja o resultado
qualquer que seja o resultado destas eleições, o cidadão tem que saber que há e houve mentira, manipulação e omissão...e têm nome.
Foi uma iniciativa
Foi uma iniciativa interessante, mas um pouco mal organizada.De destacar a importância do discurso do Francisco Louçã, que melhora a cada dia que passa. Na realidade, começa a ultrapassar uma linguagem pouco acessível, a muitos portugueses, falando mais para um Povo mal informado e confuso, perante uma campanha surreal em que se vende a mentira e a ilusão. De lamentar a ausência de intervenção do Teixeira Lopes, pela qualidade das suas intervenções. Assim, tive que ouvir uma intervenção fraca e sem alguma chama do Semedo e uma jovem, que aliás, nem sei de onde apareceu, como já não recordo o nome.
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