You are here

“Bloco é voto útil para transformar a política do país”

Louçã lembrou que o que está em causa dia 5 de Junho é o futuro do país nos próximos 13 anos e defendeu que o voto no Bloco dá “voz à grande maioria das pessoas que não quer assistir de braços cruzados ao enterrar da economia, à destruição da vida social, à degradação das condições de todos e de todas”.

Durante o comício realizado esta sexta-feira, em Leiria, o coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda dirigiu-se em particular aos indecisos, apelando à “inteligência e conhecimento que cada pessoa tem”. O dirigente do Bloco lembrou que o que está em causa no dia 5 de Junho é “o futuro do país”. “E não é por um mandato”, alertou, “nós vamos ter que decidir o que queremos para o nosso país nos próximos 13 anos”.

Francisco Louçã, referindo-se às implicações dos memorandos assinados com a troika, deu o exemplo de uma criança que está agora a entrar para a escola primária e que estará a sair do primeiro ano do ensino superior quando acabarem as condições firmadas nestes documentos.

O voto nas candidaturas do Bloco, é, segundo Louçã, “um voto útil para transformar a política do país e para dar voz à grande maioria das pessoas, que não quer assistir de braços cruzados ao enterrar da economia, à destruição da vida social, à degradação das condições de todos e de todas”.

O desemprego faz diferença”

Francisco Louçã, referindo-se à controvérsia trazida a público sobre as duas versões do memorando assinado com a troika, afirmou que nos dois documentos a receita é a mesma: menos apoios aos desempregados, mais violência sobre os desempregados. “Estão a promover o desemprego, afirmou Francisco Louçã”. “E o desemprego faz diferença”, adiantou.

Tendo em conta que os líderes do PS, PSD e CDS não revelam o que, de facto, propõem para o país, o dirigente do Bloco lembra as consequências do acordo que mereceu o aval destes três partidos, e que implicam um aumento substancial dos impostos. “Cada casal de contribuintes vai pagar mais mil euros de imposto só no no próximo ano”, advertiu Louçã, sendo que quando chegarmos a 2024 “cada casal de contribuintes já terá pago 25 mil euros”, adiantou.

Mão-de-obra submissa, amedrontada e empobrecida”

Márcia Cardoso, candidata independente pelo distrito de Leiria, foi a primeira a intervir durante o comício. A tentativa, patente no acordo da troika, de tornar a “mão-de-obra submissa, amedrontada e empobrecida” e a necessidade de apoiar propostas concretas para defender o direito ao trabalho deram o mote ao seu discurso.

A deputada do Bloco Helena Pinto acusou o PS de ter um programa que é uma “autêntica fraude” e de querer implementar medidas que nos levam “ao fundo na espiral da recessão e do desemprego”.

A dirigente do Bloco lembrou ainda que muitos analistas afirmaram que o futuro não iria dar razão a Francisco Louçã no que respeita à necessidade de renegociar a dívida portuguesa e que, actualmente, são cada vez mais as vozes que reconhecem que a solução terá que passar pela renegociação.

O cabeça de lista às eleições legislativas por Leiria, Heitor de Sousa, recordou que o Bloco foi o único partido a entregar, até à data, um manifesto eleitoral do distrito de Leiria e expôs alguns compromissos do Bloco na região, nomeadamente no que concerne à requalificação da linha ferroviária do Oeste, à requalificação da Lagoa de Óbidos e da Ribeira dos Milagres, à despoluição do Rio Lis, ao combate à pobreza que tem vindo a disseminar-se neste distrito e ao apoio aos desempregados.

Heitor de Sousa acusou ainda o PS e o PSD de falharem aos seus compromissos, nomeadamente no que diz respeito à requalificação da linha ferroviária do Oeste.

"Portugal não precisa baixar salários"

Termos relacionados legislativas 2011, Política
(...)