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Wikileaks: Soldado Manning está preso há um ano sem julgamento

Bradley Manning, o soldado acusado de ter sido a fonte do WikiLeaks foi preso há um ano, e continua sem julgamento. “A nossa grande batalha está ainda a decorrer nos Estados Unidos, atrás das grades”, disse o fundador da WikiLeaks”, Julian Assange, referindo-se a Manning.
Em Quantico, onde o soldado se encontrava anteriormente detido, as detenções preventivas não superam, normalmente, os dois meses, contudo, no caso de Manning foram nove. Foto Wikimedia Commons.

Bradley Manning, o soldado acusado de ter feito chegar à WikiLeaks a informação das bases de dados do Departamento de Estado e do Pentágono divulgada na imprensa mundial, foi preso há um ano e continua sem julgamento, tendo estado encarcerado em condições consideradas desumanas.

Os EUA têm a liberdade de expressão inscrita na primeira emenda da Constituição, disse Assange, numa conferência de imprensa telefónica para assinalar a data - 26 de Maio, quando Manning foi detido na Base Hammer, no Iraque, onde estava colocado, como especialista. Mas a sua maior batalha pela liberdade de expressão, desde que iniciou o "site" de apelo às fugas de informação, em 2007, disse Assange, foi naquele país. “Antes do fim do ano, fomos proibidos na China e no Irão”, cita-o a AFP. “Mas a maior batalha foi em 2010, quando tentámos usar a primeira emenda nos EUA.”

Sem nunca ter reconhecido que Manning foi a sua fonte, Assange tem-no apoiado. “A nossa grande batalha está ainda a decorrer nos Estados Unidos, atrás das grades”, disse o fundador da WikiLeaks”, Julian Assange, recordando a situação de Manning.

O fundador do WikiLeaks criticou o facto de a justiça americana continuar a apoiar-se na lei de espionagem de 1917 (quando se vivia a Primeira Guerra Mundial) para "perseguir aqueles que dão informação a jornalistas".

Assim, corre-se o risco de "criminalizar o jornalismo de investigação", advertiu, acrescentando: "devemos todos combater isto, porque nos Estados Unidos a segurança nacional foi sempre o sector que precisou ser o mais vigiado".

O soldado Manning está desde 20 de Abril numa prisão de média segurança, no Kansas, após largos meses em solitária e em condições que foram classificadas como tortura, pelo seu advogada e por especialistas (incluindo juristas e a própria ONU), e criticadas internacionalmente.
 

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