Adriano Campos

Adriano Campos

Sociólogo, dirigente do Bloco de Esquerda e ativista contra a precariedade.

Quando há dois anos António Costa ensaiou o seu primeiro movimento insurrecional, Seguro correu no dia seguinte a exigir: redução do número de deputados já! O populismo é uma mão que se estende, tão fácil de agarrar.

Com a queda do BES ficamos a saber que um dos maiores Hospitais do País, o de Loures, foi gerido nos último anos por um grupo que é propriedade de uma Rio Forte em descalabro.

Perdemos o Durão mas vamos ter Carlos Moedas, Comissário empossado para glória da direita portuguesa. Mas afinal, quem é este Secretário de Estado que sobe agora as escadas do poder imperial europeu?

São várias as formas como o maior banco privado português construiu a sua rede de influência entre os governantes, como diferentes são os sinais de retribuição de cada um dos 25 Ministros e Secretários de Estado que se cruzaram com os destinos do BES. Dezasseis dos 19 governos constitucionais tiveram quadros vindos, ou que transitaram, para o BES.

O Bloco de Esquerda foi o único partido que não integrou a comitiva de deputados que receberam Filipe VI na Assembleia da República.

Os jornalistas Helena Matos e José Manuel Fernandes torturam as estatísticas oficiais de forma a encobrir o que os Precários Inflexíveis têm vindo a defender e constatar em conjunto com amplos sectores da luta social em Portugal.

Qualquer limitação imposta ao trânsito estabelecido entre a política e os negócios, seja durante ou depois do exercício do mandato, apresenta-se como um obstáculo pavoroso para aqueles que veem o cargo de deputado como um meio para se alcandorar na via dos negócios.

O Conselho Económico e Social (CES) ocupa uma posição secundária na esfera das relações económicas e laborais em Portugal.

Enquanto a Europa se recusar a tratar o afluxo, com a dimensão humanitária que ele comporta, e se negar a alterar radicalmente uma política de mercantilização do imigrante, continuaremos a presenciar, envergonhados, ao louvar dos mortos e ao massacre diário dos vivos.

Falecido a 11 de setembro, aos 72 anos, Berman foi um dos pensadores marxistas mais importantes da segunda metade do século XX e, com toda a certeza, o mais doce e o mais afetuoso.