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Grupos Continente e Jerónimo Martins obrigam funcionários a trabalhar no 1º de Maio

Grupo liderado por Alexandre Soares dos Santos, que considera a intervenção do FMI uma “bênção” e que, em 2010, distribuiu 23 milhões de euros aos membros da sua administração, quer obrigar trabalhadores a trabalhar no 1º de Maio. Grupo Continente tem o mesmo procedimento.
Presidente não-executivo (chairman) da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos. Foto de António Cotrim, Lusa.

Os funcionários dos hipermercados do grupo Continente, detido pela Sonae, que é liderada por Paulo de Azevedo, filho de Belmiro de Azevedo, desde 2007, e o grupo Jerónimo Martins, do qual fazem parte os supermercados Pingo Doce, liderado por Alexandre Soares dos Santos, querem obrigar os seus trabalhadores a comparecer ao serviço no próximo dia 1 de Maio.

Segundo os trabalhadores, estes estão a ser ameaçados pelos dois grupos com a marcação de faltas injustificadas e processos disciplinares  caso se venham a recusar a prestar serviço no dia do trabalhador.

Jorge Pinto, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio do Norte anunciou que o Sindicato do sector já apresentou um pré-aviso de greve para esta data, numa tentativa de proteger os trabalhadores.

O dirigente sindical afirmou que a ideia de abrir os hipermercados no dia 1 de Maio partiu da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). A APED desmente e acusa o sindicato de não estar a ser solidário com a recuperação da economia portuguesa.

Jorge Pinto lembra que “somos dos países da Europa que mais trabalha” e que o problema em Portugal não tem a ver com a falta de vontade dos trabalhadores em trabalhar, mas sim com a falta de capacidade das chefias intermédias e dos gestores.

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio do Norte pede aos consumidores para boicotarem estes hipermercados no dia do trabalhador.

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