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Agro-combustíveis e transgénicos
O sector da engenharia genética da indústria de biotecnologia está a promover os agro-combustíveis para assim aceder a um novo mercado. Existe uma forte resistência, sobretudo na Europa, à utilização alimentar de variedades OGM de várias culturas utilizadas actualmente para a produção de agro-combustíveis (ex: milho, soja e colza). A indústria confia que a promoção destas culturas para agro-combustíveis conseguirá aceitação. Contudo, os problemas associados às culturas transgénicas, incluindo a contaminação ambiental e alimentar, não seriam tidos em conta.
A introdução de culturas OGM nos países do Sul teve um impacto negativo tremendo nos métodos de produção, assim como nos direitos humanos e no meio ambiente. Os objectivos traçados em matéria de agro-combustíveis na UE e EUA favorecerão uma maior expansão da indústria de OGM. A indústria prevê igualmente utilizar a engenharia genética para transformar, retirar ou eliminar a celulose e lignina das plantas para facilitar e aumentar os rendimentos dos biocombustíveis, com consequências imprevisíveis.
Todas as empresas que produzem cultivos transgénicos - Syngenta, Monsanto, Dupont, Dow, Bayer, BASF - têm investimentos em cultivos concebidos para a produção de agro-combustíveis, como o etanol e o biodiesel. Têm, além disso, acordos de colaboração com transnacionais como a Cargill, Archer, Daniel Midland, Bunge, que dominam o comércio mundial de cereais. Na maioria dos casos, a investigação está voltada para a obtenção de novos tipos de manipulação genética de milho, cana-de-açúcar, soja, dentre outros, convertendo-os em cultivos não comestíveis, o que aumenta dramaticamente os riscos que por si sós já implica a contaminação transgénica.
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