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Berlusconi anuncia expulsão de todos os imigrantes de Lampedusa
Esta quarta-feira, enquanto eram esperados em Lampedusa cinco navios com capacidade para transferir milhares de migrantes, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, anunciou que irá transferir os cerca de 6.200 imigrantes que ainda se encontram nesta ilha para outras regiões de Itália ou que garantirá o seu regresso ao respectivo país de origem.
Desde Janeiro, desembarcaram em Lampedusa mais de 18 mil imigrantes oriundos, essencialmente, da Tunísia.
Nas próximas 48 a 60 horas, “haverá apenas lampedusanos” na ilha, prometeu Berlusconi, avançando também que "os imigrantes que chegarem aos portos de Lampedusa serão imediatamente embarcados em navios com destino à Tunísia ou outros centros”, sendo que “o governo da Tunísia confirmou a possibilidade de receber certo número de cidadãos e de deter as saídas".
Esta operação, cujos pormenores ainda não são conhecidos, mas que já deixa adivinhar uma verdadeira “limpeza étnica”, tem vindo a ser encarada como uma ‘operação de charme' para com a população local.
Certo é que Silvio Berlusconi chegou a Lampedusa com um extenso elenco de promessas que incluem "medidas de indemnização e compensação" para os habitantes da ilha, que passará a "zona franca".
O primeiro-ministro prometeu ainda a construção de um casino e de um campo de golfe e garantiu que irá utilizar os seus canais de televisão privados para promover o turismo em Lampedusa.
Durante a visita, Berlusconi adquiriu, via internet, uma mansão na ilha e pediu ao representante local para que plantasse mais árvores e pintasse as casas de cores mais brilhantes.
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