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Governo afunda o País

As medidas deste PEC são uma continuidade da política de austeridade anterior.

Bem sei que o presidente do F.C.Porto não consegue ler nas estrelas, mas o facto é que já lá estava escrito que, a seguir ao PEC3, viria o PEC4. O Governo PS anunciou-o na passada 6ª feira. As medidas deste PEC são uma continuidade da política de austeridade anterior. Merecem três comentários.

O primeiro, sobre as medidas. Destaco duas, pela sua importância. A primeira, a redução das indemnizações por despedimento: de 30 para 10 dias por ano de trabalho para os novos contratos. No final do ano, se “considerará a aplicação aos contratos existentes”. Está-se mesmo a ver o que vem a seguir: todos os contratos serão abrangidos. É a liberalização total dos despedimentos, tal como o exigia o PSD, todos os patrões, o FMI e a Srª Merkel. A segunda, a “liberalização do controlo das rendas”. Resultado: aumento das rendas, especialmente das mais baixas. Quem paga? Os pobres e os mais desfavorecidos.

O segundo comentário, sobre uma ausência: mais uma vez os bancos, não cabem neste PEC4. Resultado: a injustiça na economia avança a passo firme.

O terceiro comentário, sobre o momento escolhido pelo Governo para anunciar o PEC4: um dia depois da moção de censura, apresentada pelo Bloco. Somos “bruxos”, no Bloco? Não, somos responsáveis.

Sobre o/a autor(a)

Economista de transportes
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